A agricultura de precisão (AP) busca gerar máxima eficiência no manejo de cultivos e na utilização de insumos, a fim de ampliar o retorno financeiro e reduzir o impacto ambiental das lavouras.
Para isso, a tecnologia tem sido fundamental para permitir o uso racional de fertilizantes, recursos hídricos e defensivos agrícolas, além de aumentar a competitividade e a produtividade no campo.
Entre as tecnologias de agricultura de precisão mais utilizadas para aumentar a escala e a rentabilidade das lavouras está o uso de drones para pulverização e prevenção de riscos, além de mapeamento via satélite, sensores de umidade do solo, entre diversas outras soluções avançadas oferecidas por empresas especializadas conhecidas como agritechs.
Nos últimos anos, a demanda aquecida no mercado nacional e internacional tem incentivado os produtores a investir cada vez mais em técnicas e metodologias capazes de elevar sua produção e, ao mesmo tempo, reduzir seus custos.
E o avanço das técnicas de AP ganhou um novo aliado no Brasil: o crowdfunding, modalidade de investimento coletivo que está abrindo as portas do mercado de capitais para que empreendedores rurais cresçam com a entrada de novos investidores em seus negócios.
Além disso, está permitindo que cada vez mais pessoas tenham acesso a excelentes projetos do agronegócio com alto impacto na economia real.
Vamos conhecer melhor as vantagens da AP, suas principais tecnologias e como você pode investir nesse segmento ou captar recursos através de plataformas de crowdfunding.
O que é agricultura de precisão?
A agricultura de precisão é um conjunto de técnicas e metodologias que permitem aos produtores obter máxima produtividade e eficiência, com ganhos ambientais e redução de custos.
Isso é possível através do uso de tecnologias de gerenciamento agrícola baseadas nas características do solo e das plantas das lavouras. O objetivo é ampliar o retorno financeiro da produção, reduzir desperdícios e aperfeiçoar a aplicação de insumos, de forma precisa e monitorada.
De acordo com o Boletim Técnico do Ministério da Agricultura sobre a atividade:
Trata-se de um conjunto de tecnologias aplicadas para permitir um sistema de gerenciamento que considere a variabilidade espacial da produção. As ferramentas de AP permitem o uso racional dos fertilizantes e agrotóxicos garantindo a redução dos impactos ambientais decorrentes da atividade agrícola.
As técnicas de agricultura de precisão surgiram no início do século XX, mas foi apenas na década de 1980 e, sobretudo, nos anos 2000, que a atividade ganhou maior extensão, graças ao surgimento do GPS (sistema de posicionamento global via satélite).
Leia mais: Tecnologia entra com tudo no agronegócio e procura por agritechs dispara
Objetivos da AP
A agricultura de precisão tem por objetivo aumentar a viabilidade espacial das lavouras, melhorando o impacto final da colheita, através da aplicação de fertilizantes e corretivos em taxas variáveis.
Além disso, a AP busca aprimorar a utilização de insumos, de modo a aumentar a produtividade da lavoura e reduzir os riscos operacionais, mapeando adequadamente as áreas de cultivo segundo seu potencial produtivo.
A AP considera a viabilidade das lavouras sob diferentes aspectos:
- Condições de aumento de produtividade;
- Características físicas, químicas, compactação do solo, entre outros fatores;
- Infestação de ervas daninhas, doenças e pragas.
Técnicas de agricultura de precisão
O uso de fertilizantes e corretivos envolve, basicamente, duas estratégias, que consideram as condições de solo e cultivo, bem como as propriedades das plantas da lavoura.
A técnica mais utilizada pelos produtores brasileiros para o manejo da fertilidade do solo é o gerenciamento da sua correção e adubação com base na amostragem georreferenciada do solo. Essa estratégia é mais usada para produção de grãos e cana-de-açúcar.
A outra estratégia é mais complexa e considera a produtividade das culturas anteriores, a fim de estabelecer um nível exato de reposição de nutrientes, com mapas de produtividade e contratação de consultoria.
Confira na imagem abaixo alguns mapas de produtividade (“grid” amostral) de diferentes culturas, mostrando as regiões espaciais de melhor resultado final:
Quais são as tecnologias da agricultura de precisão?
Entre as principais tecnologias usadas na AP podemos citar:
- Mapeamento e imagens via satélite;
- Drones de pulverização e controle de risco;
- Irrigação automatizada;
- Sensores de umidade do solo, entre outras.
O uso dessas tecnologias visa determinar a melhor taxa de produtividade em cada dimensão espacial da propriedade, no intuito de medir a quantidade mais adequada de insumos e melhorar a qualidade das operações. Com isso, é possível potencializar o retorno econômico da produção e melhorar seu impacto ambiental.
Uso de drones na agricultura
Os drones têm sido cada vez mais utilizados pelos produtores, graças aos seus inúmeros benefícios em termos de economia de custos, redução de ociosidade, controle de riscos e geração de dados.
Além disso, os drones permitem uma aplicação muito mais precisa de defensivos nas lavouras, evitando desperdícios e os custos impeditivos de aeronaves agrícolas.
Os principais usos dos drones da agricultura são:
- Monitoramento e coleta de dados e imagens;
- Acompanhamento do desenvolvimento de culturas;
- Detecção de secas e pragas;
- Estimativas de produtividade;
- Mapeamento agrícola e hídrico;
- Demarcação de áreas de plantio;
- Pulverização de pesticidas e defensivos agrícolas.
Crowdfunding para projetos de agricultura de precisão
A implementação de tecnologias agrícolas requer o acesso a recursos financeiros que muitas vezes não são disponibilizados pelas linhas tradicionais de crédito.
Mas o crowdfunding tem ajudado os produtores a aumentar sua produtividade, ao facilitar o acesso dos produtores ao mercado de capitais de forma simples, rápida e sem a conhecida burocracia de instituições financeiras e cooperativas de crédito.
Regulamentado pela CVM em 2017, o crowdfunding é uma modalidade de investimento coletivo, em que um grupo de pessoas se reúne para realizar projetos do seu interesse, seja financiando ou se tornando sócio dos empreendimentos.
Os benefícios são mútuos: os empreendedores do campo conseguem ter acesso ao tão necessário capital para crescer e aumentar sua escala, enquanto os investidores têm a oportunidade de diversificar suas carteiras com projetos diretamente ligados à economia real e, portanto, sem correlação com o mercado financeiro, com taxas de retorno muitas vezes acima de 25% ao ano.
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