Mais um artigo da melhor série sobre investimento em vinhos finos da internet. Aprenda como usar esse excelente ativo para diversificação de seus investimentos, reduzindo o risco total da sua carteira e melhorando a performance ao longo do tempo.
Leia os artigos anteriores dessa série: Parte 1, Parte 2.
Veja só como são as coincidências da vida. Começamos esta série de artigos há 3 semanas com o objetivo de mostrar o potencial dos investimentos alternativos, em especial dos vinhos finos, e, por incrível que pareça, na semana retrasada, foi leiloada a garrafa de vinho mais cara já vendida na história! Nada menos que US$ 558 mil, ou incríveis R$ 2,18 milhões. Um vinho fino francês Burgundy de 73 anos, Romanee-Conti, que tinha lance inicial de US$ 32 mil.
Na semana retrasada, foi leiloada a garrafa de vinho
mais cara já vendida na história!
Esse novo recorde, mesmo pontual e excêntrico, mostra que a demanda por vinhos finos permanece ativa e resistente, apesar da desaceleração do crescimento chinês e do relativo nervosismo que cerca o mercado de ações global por conta da elevação dos juros americanos.
O investimento em vinhos finos não é um fenômeno novo, apesar de pouco aparecer em carteiras no Brasil.
Além da boa relação retorno-risco no médio e longo prazo e da baixa correlação com os mercados tradicionais, como renda fixa e ações, hoje a liquidez de mercado e transparência evoluíram bastante.
O investimento em vinhos finos não é um fenômeno novo,
apesar de pouco aparecer em carteiras no Brasil
Isso permite que investidores com patrimônio próximo de R$ 1 milhão possam lucrar com a expansão desse mercado. O aspecto de investimento de luxo do vinho fino ainda predomina, mas está muito mais acessível do que já foi.
O aspecto de investimento de luxo do vinho fino ainda
predomina, mas está muito mais acessível do que já foi
Veja na tabela abaixo que o Índice Sharpe, que mede a relação entre o retorno que temos por unidade de risco que corremos (quanto maior, mais atraente o investimento), mostra bons números tanto para os índices de vinhos finos como para algumas marcas em especial.
A baixa, ou até negativa, relação entre os índices de ações e os índices de vinho fino faz do investimento um bom instrumento de diversificação, reduzindo o risco total da carteira e melhorando a performance ao longo do tempo, complementando bem carteiras tradicionais compostas por ações e renda fixa.
Veja na tabela abaixo a correlação entre o Ibovespa e o Dow Jones com alguns índices selecionados calculada para os últimos 15 anos.
Como posso investir em vinhos finos?
Há um número crescente de maneiras de investir em vinho fino, tanto para investidores experientes como para aqueles que ainda não têm conhecimento suficiente ou tempo para construir e gerenciar sua própria carteira. O valor mínimo gira em torno de R$ 50 mil, mas é mais adequado para investidores com patrimônio acima de R$ 1 milhão.
Os investidores em vinho têm 4 opções:
1. Compra de vinho físico: o investidor pode escolher por conta própria os vinhos, comprar por meio de comerciante especializado e confiável, organizar o armazenamento adequado e o seguro.
Pode ainda utilizar o serviço de empresas de investimento em vinhos finos que sugerem carteiras conforme o objetivo de investimento do cliente, se responsabilizando pela proveniência, autenticidade, armazenamento e seguro das garrafas, cobrando para isso uma taxa de administração.
2. Ações de empresas do setor: uma maneira de obter exposição indireta ao mercado de vinho é comprar ações de empresas como LVMH, Louis Vuitton Moët Hennessy, que possuem diversas vinícolas de vinhos finos com grau de investimento. Uma desvantagem desse formato é que você fica mais correlacionado com o desempenho dos mercados financeiros.
3. Investir por meio de Fundos de Vinho: os investidores têm à disposição fundos de gestão ativa e passiva, que seguem alguns dos índices mais conhecidos do mercado. Isso economiza tempo e esforço, mas diminui a possibilidade de o investidor adaptar sua carteira às suas necessidades.
4. Investir em uma adega: para investidores com capital significativo para investir nesse mercado, existe a opção de tornar-se sócio de uma vinícola que produza vinhos finos com grau de investimento.
Em nosso último artigo da série, veremos como as críticas especializadas podem mover os preços dos vinhos finos, como montar uma carteira básica e quais são os riscos associados.
Autor: Leandro Strasser
3 Comments
E para saber se uma garrafa de vinho guardada a 30 anos têm algum valor
Olá! Os profissionais desenvolveram critérios para avaliar os valores. Aqui neste post você consegue entender o processo: https://blog.bloxs.com.br/vinhos-finos-como-investimento/
Obrigado pelo comentário e continue acompanhando o blog. Estamos com uma série completa sobre o investimento em vinhos
Oi Daltro bom dia!
Precisa ter procedência!
Comprar de distribuidores sérios.
E se comprar adegas de viúvas o importante é saber se os vinhos mais velhos estavam bem armazenados, e saber se dura 20/30/40/50 anos quem conhece vinhos pelo nome sabe qto dura o vinho.
Os vinhos mais caros são bem tratados normalmente, é como uma porsche em sua garragem. Abç RD