Você já pensou em ter vinhos finos como investimento? Acompanhe a melhor série de artigos da internet sobre investimentos em vinho e aprenda a diversificar sua carteira com o mais popular e rentável passion asset que existe no mundo.
Leia o primeiro artigo dessa série clicando aqui.
Não é só para beber e dividir momentos de alegria, é para investir e ganhar dinheiro.
Assim como acontece com outros investimentos alternativos, como arte ou carros clássicos, os vinhos finos são um ativo físico tangível e, portanto, a oferta é naturalmente limitada.
Apenas certas localizações geográficas podem produzir os vinhos finos que mais interessam aos investidores, e safras excepcionais só aparecem de vez em quando. Esses vinhos melhoram de qualidade à medida que envelhecem e sua disponibilidade diminui quanto mais vinhos forem abertos e bebidos.
Nas melhores regiões produtoras do mundo, regras estritas controlam a qualidade, limitando a produção com o intuito de manter a reputação secular de seus vinhos.
O sistema de denominação de origem controlada baliza quais vinhos podem ser cultivados/produzidos, onde e como eles são classificados. Essa prática restringe efetivamente a produção. Em famosas regiões, como Bordeaux e Borgonha, expandir os vinhedos hoje é praticamente impossível.
Nas melhores regiões produtoras do mundo, regras estritas
controlam a qualidade, limitando a produção com o intuito
de manter a reputação secular de seus vinhos
O resultado é que os vinhos finos como investimento não são mais do que 5% do vinho produzido no mundo, e são os que também têm a menor oferta.
O equilíbrio entre a oferta e a demanda desses vinhos foi sempre delicado e nos últimos anos a pressão da demanda vem se fortalecendo.
O robusto e contínuo crescimento asiático provocou uma explosão de novos ricos que apreciam tomar um excelente vinho ou presentear com garrafas que custam milhares de euros. O fato e os comportamentos têm apoiado o aumento dos preços.
Como avaliar ?
A maioria dos investidores não é um afiado conhecedor de vinhos finos. Mas isso não pode ser uma desculpa. Embora seja bastante recomendável amparar nosso investimento no conhecimento de um especialista, usando alguns critérios, podemos desenvolver ao longo do tempo nossa própria capacidade de avaliação do potencial de rentabilidade de um vinho e do mercado.
Podemos desenvolver ao longo do tempo
nossa própria capacidade de avaliação do
potencial de rentabilidade de um vinho
Destacamos os seguintes critérios: marca, história do produtor, qualidade vintage (alta qualidade e valor duradouro), pontuação da crítica especializada, oferta (disponibilidade no mercado), desempenho histórico, análise comparativa dos preços e tendências de mercado.
Especialistas, ponderando critérios, experiência e habilidade, constroem a imagem do valor do vinho e quanto ele poderia receber de investimento. Um especialista pode determinar quais vinhos devem estar desalinhados com o crescimento dos preços de seu índice de referência e os mais adequados para formar parte da nossa carteira de investimento direcionada aos passion assets.
Como dissemos no artigo anterior, os investimentos alternativos são uma boa ferramenta para diversificar nossa carteira e reduzir o risco que enfrentamos nos mercados tradicionais. Além disso, o histórico dos preços nos indica que vinhos finos protegem nossos investimentos do aumento da inflação.
Os vinhos finos normalmente têm uma vida útil
próxima de 50 anos, mas podem ser bebidos
cerca de 60 anos depois
Vinhos finos investment grade
Vinhos de grau de investimento podem vir de regiões de todo o mundo, mas aqueles que são considerados Fine Wine, em livre tradução, vinhos finos, estão sujeitos a controles estritos. Os regulamentos variam de país para país, mas são geralmente consagrados em lei, com algumas classificações datando de mais de 150 anos, reforçadas com o sistema de denominação de origem controlada.
A espinha dorsal do mercado de vinhos finos é o Bordeaux, embora a proporção venha caindo nos últimos anos, refletindo a diversificação do mercado e o crescimento em outras regiões vinícolas francesas como Borgonha, Champagne e Rhone, assim como vinhos italianos, alemães, espanhóis, portugueses e vinhos do “Novo Mundo”.
Com uma história vinícola secular, não é surpresa que a França seja o lar da maior proporção de vinhos finos com grau de investimento, como podemos ver no gráfico abaixo.
O que é a Liv-Ex?
A Liv-Ex, ou London International Vintners Exchange, é a plataforma de negociação de vinhos finos mais conhecida no mundo. Centenas de comerciantes negociam e liquidam operações com investidores do mundo todo. Referência que fornece preços confiáveis para a maior lista global de vinhos finos, a Bolsa dá transparência e liquidez ao mercado, permitindo a precificação de carteiras de investimento em vinhos.
A Bolsa Liv-Ex também publica um conjunto de índices úteis para medir a evolução dos preços do mercado de vinhos finos que é base para alguns fundos de investimento passivos / ETFs.
Na tabela abaixo, os 5 índices da Liv-Ex e suas referências.
No próximo artigo vamos comparar os índices da tabela acima com o desempenho de retorno-risco do mercado de ações, ver como podemos compor uma carteira com vinhos finos e comentar algumas razões para se ter cuidado ao investir nesse passion asset.
Autor: Leandro Strasser
1 Comment
Gostaria de receber noticias sobre esse investimento alternativo em vinhos. Tenho interesse em investir nesse segmento caso vcs venham a lançar algo nesse sentido.
Agradeço a tenção
Hamilton