O mês de outubro ficou marcado pelo mau humor do mercado financeiro, depois que o governo federal anunciou sua intenção de “driblar” o teto de gastos para ampliar programas sociais em ano eleitoral.
Essa deterioração das expectativas com o quadro fiscal foi devastadora para os investimentos tradicionais. A bolsa acumula perdas 11% no ano, e os principais títulos de renda fixa estão com rentabilidade real negativa, devido à disparada da inflação.
Isso mostra a importância da boa gestão de risco e da diversificação com ativos geradores de renda lastreados na economia real, que, além de proteger contra a inflação, não têm relação estreita com o mercado financeiro.
Vamos saber agora quais foram os fatos que movimentaram o mundo financeiro neste mês e quais são as perspectivas até o fim do ano.
Inflação surpreende mais uma vez em outubro
Quem achou que a inflação havia atingido o pico em setembro, quando o IPCA teve sua maior alta para o mês em décadas, subindo 1,16%, estava redondamente enganado.
O IPCA-15 de outubro, considerado pelo mercado como “prévia” da inflação, avançou 1,2%, bem acima de todas as projeções. Com isso, o principal índice de preços ao consumidor entra no território dos dois dígitos e pode se agravar ainda mais com um eventual descontrole fiscal.
Essa alta toda foi puxada pelos seguintes itens:
- Energia elétrica subiu 3,91% neste mês, mesmo sem novos aumentos tarifários;
- Combustíveis avançaram 2,03%, principalmente devido à alta do petróleo e dos reajustes feitos pela Petrobras;
- Transportes ficaram 2,06% mais caros, com destaque para os aumentos de mais de 30% nas passagens aéreas;
- Alimentação ficou 1,38% mais cara, mostrando que a pressão dos preços está se disseminando;
- E habitação subiu 1,97%, sem qualquer sinal de arrefecimento.
Confira no gráfico abaixo do G1 a inflação acumulada em 12 meses até outubro:
Risco fiscal derruba bolsa e força ação do Banco Central
A notícia de que o governo federal pretende furar o teto de gastos para reformular o Bolsa Família em pleno ano eleitoral não pegou nada bem no mercado financeiro, com o Ibovespa perdendo o patamar dos 105 mil pontos e o dólar disparando para cima de R$5,60.
Para fazer frente a tudo isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) intensificou o aperto fiscal, subindo a taxa Selic em 1,5 pontos percentuais e sinalizando outro aumento da mesma magnitude em dezembro.
Segundo o anúncio, a autoridade monetária “avalia que os recentes questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevaram o risco de desancoragem das expectativas de inflação”. E complementou:
O Copom considera que, diante da deterioração no balanço de riscos e do aumento de suas projeções, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para as metas no horizonte relevante.
Renda fixa no vermelho
Essa difícil situação fiscal e monetária não está poupando a carteira dos investidores que concentraram demais seu patrimônio em ativos tradicionais.
Uma recente reportagem do Valor Econômico mostra que os títulos de renda fixa e variável continuam perdendo feio da inflação e entregando resultados negativos para os investidores neste ano.
De acordo com a matéria:
Nenhuma opção de renda fixa assegurou ganho real para o investidor em 2021. Pelo contrário: os índices IRF-M e IMA-B, que representam cestas de títulos públicos, estão negativos, nominalmente, em quase 6% no ano. Isso é efeito da atualização dos preços no mercado secundário.
Confira no quadro abaixo do Valor o desempenho desses ativos até agora no ano:
Projeções para 2022
O efeito imediato gerado pelo possível descontrole de gastos fez com que diversas instituições revisassem suas projeções de crescimento do PIB para o próximo ano, algumas considerando inclusive um quadro de retração.
Foi o caso do Itaú, que passou a projetar um recuo de 0,5% da economia brasileira no próximo ano. Segundo o banco:
Notícias sobre o aumento dos gastos fiscais aumentaram as dúvidas sobre o futuro do arcabouço fiscal no Brasil, que desde 2016 tem sido baseado em um teto de gastos ajustável. […] Taxas de juros mais altas levarão a uma atividade econômica mais fraca.
A média das projeções dos economistas medida pelo Boletim Focus ainda aponta para um crescimento de 1,4% em 2022, mas as estimativas de avanço da economia vêm caindo a cada semana.
Como proteger e rentabilizar sua carteira nesse cenário?
Sem dúvida, estamos vivendo um cenário extremamente complexo para investir. É difícil encontrar opções que remunerem bem o capital e apresentem rentabilidade real positiva, risco controlado e sem fortes oscilações.
Em razão disso, é fundamental contar com ativos geradores de renda, que façam pagamentos periódicos na sua conta, independente do sobe e desce da bolsa ou da rentabilidade real negativa dos títulos de renda fixa.
E você pode encontrar esse ativos em plataformas de crowdfunding, como a Bloxs, que realiza captações de recursos para projetos de alta qualidade na economia real, em um mercado totalmente regulado pela CVM.
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