O CRI para pagar aluguel foi uma das mudanças importantes do mercado de capitais nos últimos anos, ao permitir que empresas de qualquer setor captem recursos para a locação de imóveis.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula as ofertas públicas de investimento no país, emitiu um parecer favorável sobre a possibilidade de estruturar um CRI para aluguel.
Isso abriu uma porta imensa para que empresas fora do setor imobiliário possam levantar recursos de forma ágil e mais econômica do que as linhas tradicionais de crédito.
Desde que o CRI para pagar aluguel foi autorizado pela CVM, em 2021, o volume de captações por meio desse título deu um salto extraordinário, subindo 50% em 2022, para quase 34 bilhões de reais.
Sem dúvida, o mercado de capitais é a alternativa mais viável inclusive para pequenas e médias empresas que desejam captar recursos e otimizar sua estrutura de despesas fixas.
Neste artigo, vamos falar mais sobre o CRI de aluguel, como ele funciona e por que tantas empresas estão recorrendo a esse título para aumentar sua eficiência operacional.
Além disso, vamos explicar como a sua empresa também pode acessar o mercado de capitais de forma simples, através de uma plataforma completa voltada para pequenos e médios empreendedores.
Confira os tópicos que vamos abordar a partir de agora:
O que é um CRI e como funciona?
O Certificado de Recebíveis Imobiliários é um título financeiro de crédito utilizado por empresas para captar recursos junto a investidores, os quais serão utilizados em operações imobiliárias, como construção, aquisição, locação, reforma e antecipação de recebíveis, como financiamentos.
O CRI costuma ser estruturado e emitido por securitizadoras, companhias especializadas em aquisição e transformação de direitos creditórios em títulos negociáveis no mercado financeiro.
A grande vantagem desse título são os incentivos tributários para sua emissão, já que são isentos de imposto de renda e imposto sobre operações financeiras, tornando-o, assim, extremamente atraente e visado no mercado, especialmente para pessoas físicas e fundos de investimento.
CVM permite uso do CRI para pagar aluguel
Após uma consulta técnica feita por um banco de investimento, a CVM emitiu uma nota, no ano passado, permitindo a utilização do CRI para pagar contratos de locação de imóveis.
Com isso, os CRIs deixaram de ser um título restrito a empresas imobiliárias, podendo ser estruturado por companhias de qualquer setor, inclusive pequenas e médias empresas que desejam captar recursos para pagar contratos de locação dos imóveis onde atuam.
Assim, redes de supermercados, lojas de varejo, bancos, hospitais, farmácias, estabelecimentos de ensino, indústrias, entre inúmeros outros, podem agora captar recursos junto a investidores para pagar aluguéis e melhorar sua estrutura de custos.
De acordo com uma reportagem do Valor Econômico, para emitir um CRI para aluguel:
A empresa deve apresentar no termo de securitização detalhes do contrato do aluguel, especificando, por exemplo, quais são os imóveis e os valores. Também é necessário que o contrato tenha a mesma duração e valor que o CRI.
Benefícios do CRI para pagar aluguel
A captação de recursos através do CRI para pagar aluguel oferece como grande vantagem os custos menores e as melhores condições de pagamento em relação às linhas tradicionais de crédito.
Cabe lembrar ainda que estamos falando de um título muito visado pelos investidores, na medida em que oferece benefícios tributários, como isenção de imposto de renda e imposto sobre operações financeiras.
Além disso, o CRI para pagar aluguel aumenta o poder de barganha das empresas nos contratos de locação, na medida em que são títulos de longo prazo e diminuem drasticamente a possibilidade de inadimplência.
Como explica Felipe Souto, CEO da Bloxs, plataforma que oferece soluções de acesso ao mercado de capitais para pequenas e médias empresas, como CRI para pagar aluguel:
Basicamente, o risco da operação para o locador é mínimo quando o locatário consegue melhorar sua estrutura de custos através de um CRI para pagar aluguel, já que os recursos levantados devem ser utilizados para as finalidades do contrato de locação. Isso aumenta enormemente o poder de barganha do locatário para reduzir ainda mais seus custos, haja vista que o CRI é um título mais alongado no tempo. Ou seja, o locador terá um inquilino com baixíssimo potencial de inadimplência por um período bastante longo e, por isso, ficará mais maleável na hora de fazer uma negociação.
Crescimento da emissão de CRIs
Não é à toa que as emissões de CRIs tiveram um salto enorme no último ano, com as mais variadas empresas captando bilhões de reais para estruturar um CRI de aluguel.
Estamos falando de gigantes como a Rede D’or, o banco BTG, a rede educacional Cogna e a farmacêutica Hypera, que não perderam tempo e entraram nesse mercado, aquecendo as emissões de CRIs recentemente.
Além disso, empresas de infraestrutura e energia também estão preparando grandes captações, visando todos os benefícios do CRI para pagar aluguel.
Como emitir um CRI para pagar aluguel?
Em relação à parte burocrática da estruturação do CRI, o ideal é que as empresas que desejam emiti-lo contem com o apoio de uma assessoria, pois o processo envolve várias etapas e requisitos de documentação.
Como explica a mesma reportagem do Valor Econômico:
O processo para a emissão de um CRI para o pagamento de aluguel pode ser mais trabalhoso devido à necessidade de reunir e relacionar todos contratos, de forma que o agente fiduciário possa checar as informações.
Dessa forma, é indispensável que o potencial emissor tenha o apoio de uma equipe especializada nesse tipo de operação, como é o caso da Bloxs, uma plataforma completa de acesso ao mercado de capitais para empreendedores que desejam captar de 1 milhão a 120 milhões de reais.
A Bloxs oferece ainda assessoria para a estruturação e gestão de produtos estruturados e fundos de investimento, servindo de “one-stop-shop” para pequenas e médias empresas que buscam alternativas de crédito para crescer.
Se você deseja estruturar um CRI com a Bloxs, é muito fácil. Basta submeter o seu projeto e aguardar as etapas de validação da nossa equipe interna.
O processo de estruturação de um Certificado de Recebíveis Imobiliários na Bloxs é o seguinte:
- Submissão dos documentos preliminares;
- Análise de viabilidade da proposta com uso de algoritmos e validação dos analistas da Bloxs;
- Envio de proposta indicativa sem custo;
- Aceitação da proposta pelo empresário e assinatura de exclusividade por 90 dias;
- Diligências em relação à idoneidade do empreendedor, sua condição jurídica, fiscal, etc.;
- Assinatura dos documentos, em caso de conformidade;
- Colocação no mercado;
- Transferência dos recursos para o empreendedor e acompanhamento da operação.
Quer iniciar agora mesmo a sua emissão? Então faça seu cadastro rápido em nossa plataforma e submeta já sua proposta para nossa equipe.