Em um cenário desafiador de crédito, as empresas estão buscando alternativas para financiar suas operações e alavancar seus negócios em novas modalidades de captação.
As condições financeiras mais restritas são particularmente adversas para empresas que estão em estágio inicial de desenvolvimento e não ainda não têm suas soluções plenamente validadas no mercado.
Esse é o caso de startups, que viram a ampla liquidez disponível há mais de uma década praticamente secar no último ano, diante do aumento da inflação, dos juros e da aversão ao risco.
Já os investidores estão vendo na alta de juros boas oportunidades para aproveitar a remuneração maior de títulos de dívida corporativa para impulsionar o desempenho das suas carteiras, protegendo-se, ao mesmo tempo, da inflação.
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Neste artigo, vamos entender como as empresas estão buscando se financiar em um ambiente macro incerto, quais são as opções mais acessíveis atualmente no mercado e como os investidores podem se aproveitar desse cenário para obter taxas de retorno maiores.
Os tópicos que vamos abordar a partir de agora são os seguintes:
Novas opções de acesso ao mercado de capitais ao alcance das empresas
Captar recursos no Brasil sempre foi um enorme desafio para os empreendedores, sobretudo com um sistema bancário altamente concentrado e um mercado de capitais pouco acessível a pequenas e médias empresas.
Comuns nas economias mais avançadas, as operações de private equity, venture capital e equity crowdfunding vêm se consolidando no país como uma alternativa interessante para empresas que desejam crescer com a entrada de novos investidores em seus negócios.
Como explica Felipe Souto, fundador e CEO do Grupo Bloxs, ecossistema de investimentos alternativos e soluções de acesso ao mercado de capitais para pequenas e médias empresas:
Não é apenas o aporte de capital que atrai as empresas para modalidades de captação, como private equity, venture capital e equity crowdfunding, mas também a possibilidade de contar com a expertise e o track record desses investidores no dia a dia operacional da companhia, a fim de melhorar sua atuação e estratégias de forma mais orgânica e participativa. Assim, a entrada de novos investidores faz com que as empresas amadureçam, renovem seus processos e busquem novas avenidas de crescimento que estariam fechadas caso decidissem por uma fonte de captação diferente, como o crédito bancário tradicional.
Ativos ilíquidos ganham mais popularidade no Brasil
De fato, como explica o relatório Brazilian Private Equity Outlook, elaborado pelo Insper em parceria com a Spectra Investments:
Os gestores de private equity geram valor para as empresas investidas, mesmo em anos de crises econômicas. A taxa média de crescimento anual da receita de todas as empresas apoiadas pelo private equity nunca foi inferior a 10%, e em anos de forte crescimento econômico, chegou a 30%. Da mesma forma, a taxa média de crescimento anual do EBITDA também nunca ficou abaixo de 8%, e em alguns anos de impulso econômico, superou os 30%.
Isso mostra por que essa estratégia de investimento é tão visada por investidores institucionais, family offices e fundos especializados, haja vista que, até mesmo em anos de recessão, os retornos gerados por empresas investidas por private equity são robustos e mais estáveis.
Outro aspecto citado pelo relatório é que o crescimento de empresas de tecnologia, por exemplo, é descorrelacionado com o crescimento econômico, servindo de potencial hedge para a desvalorização do real.
Diversos estudos corroboram essa constatação de que a estratégia de private equity tende a bater consistentemente os investimentos tradicionais em ações, por exemplo.
O problema é que, até pouco tempo, tais oportunidades estavam restritas a grandes investidores. O varejo só passou a poder investir diretamente em empresas não listadas a partir de 2017, quando a Comissão de Valores Mobiliários (CMV) regulamentou o equity crowdfunding, mais voltado a pequenas empresas, projetos específicos e startups.
Equity crowdfunding ganha espaço na carteira do pequeno investidor
O sucesso dessa nova modalidade de investimento foi tão grande que, no ano passado, a CVM decidiu realizar alterações em suas regras, a fim de promover o investimento direto na economia e ampliar as fontes de captação de pequenas empresas, especialmente as de tecnologia, que têm grande potencial de crescimento, mas dispõem de opções limitadas de financiamento no mercado tradicional.
Através do crowdfunding, empresas com faturamento bruto anual de até 40 milhões podem realizar rodadas de captação de até R$ 15 milhões, seja em operações de dívida ou de equity, isto é, entrada de novos investidores como sócios do negócio, passando, assim, a compartilhar dos seus resultados.
Esse tipo de investimento caracteriza-se por taxas de retorno maiores em relação a títulos tradicionais de renda fixa e variável, como ações e títulos públicos e privados.
O empecilho, no entanto, é a iliquidez desse tipo de investimento, o que exige dos investidores um grau maior de due diligence e conhecimento mais aprofundado dos projetos, a fim de avaliar devidamente os potenciais riscos e oportunidades.
Uma matéria recente publicada pelo portal Investing.com explica que:
O levantamento Brazilian Private Equity Outlook, elaborado Insper em parceria com a gestora Spectra, mostra uma retração no número de fundos de private equity no país, com recuo de 54 para 29 entre 2012 e 2022. Já os valores disponíveis chegaram ao menor nível da pesquisa, saindo de um patamar máximo de R$ 27 bilhões em 2016 para R$ 17 bilhões em 2022.
Esse recuo das empresas e fundos de private equity no Brasil ao longo da última década se deveu à redução das alocações de investidores estrangeiros e fundos de pensão nacionais, bem como pela popularização de outras teses de investimentos ilíquidos, como venture capital e ativos judiciais, que competem pelos mesmos bolsos.
O surgimento de novas plataformas de acesso ao mercados de capitais, como o Grupo Bloxs, por exemplo, permite que pequenas e médias empresas cresçam com a entrada de novos investidores em seus negócios.
A Bloxs é um ecossistema completo para empreendedores, parceiros e investidores em operações de R$ 1 milhão a R$ 120 milhões com ativos alternativos no mercado de capitais.
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