No último post escrevi a respeito de como estamos encarando este momento no nosso negócio, que nada mais é que garimpar as melhores operações a serem investidas. Reforcei que a alocação em investimentos não correlacionado à volatilidade do mercado financeiro tradicional é fundamental em tempestades como a que vivemos hoje.
Hoje quero tratar em especial do segmento imobiliário, sem dúvidas o mais próximo do nosso dia-a-dia. Até para os que nunca investiram neste segmento, certamente têm memória de pais, avós, tios e amigos que em algum momento de suas vidas fizeram algum dinheiro com imóveis.
O advento de novas tecnologias trouxe diversos benefícios para este ramo. Desde melhores ferramentas para pesquisar o mercado, passando pelos sites de compra e venda, pelos Fundos de Investimento Imobiliário (FII´s), até chegar em inovações realmente impactantes e disruptivas como o Investimento Coletivo, regulado pela Instrução CVM 588.
Todo mundo precisa de um teto
Hoje em dia no Brasil temos cerca de 7 milhões de brasileiros que precisam de uma moradia. A demanda por novas construções residenciais crescerá ainda mais. Segundo estudo recente do Ministério das Cidades, deverá chegar a 30 milhões de novas unidades nos próximos 30 anos.
Mesmo com todos os investimentos feitos através do programa Minha Casa Minha Vida nos últimos 10 anos, no entanto, o déficit habitacional não teve a redução esperada. O aumento da população, os novos arranjos familiares e a urbanização seguem gerando demanda crescente, pressionando o setor habitacional do nosso país.
Novo ciclo de desenvolvimento
Identificamos nos últimos anos uma retomada expressiva dos lançamentos imobiliários por todo o país. Desde 2016 houve incremento de 55% no número de unidades residenciais ofertadas ao mercado, conforme gráfico abaixo:
Número de UNIDADES RESIDENCIAIS LANÇADAS entre 2016 e 2019 no Brasil
Fonte: Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
A quantidade de imóveis residenciais novos disponíveis nas construtoras (estoque) apresentou redução superior a 30% no período.
EVOLUÇÃO DO ESTOQUE de unidades residenciais entre 2016 e 2019 no Brasil
Fonte: Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Observamos também que a Região Sudeste, por sua maior concentração populacional foi a que mais ancorou este crescimento. E isso merece um capítulo à parte!
POR REGIÃO – Número de unidades residenciais lançadas entre 2016 e 2019 no Brasil
Fonte: Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
São Paulo: Protagonista em um novo ciclo
“A crise aqui não chegou”
Das muitas vezes que estive na cidade de São Paulo a negócios nos últimos 03 anos, este foi o comentário mais ouvido. A cidade sempre concentrou boa parte da dinâmica econômica do nosso país. É fato que esta concentração aumentou ainda mais a partir de 2015, com a migração de empresas e pessoas com alta qualificação de grandes centros como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.
O mercado imobiliário, como termômetro desta atividade, se expandiu. Uma série de iniciativas da prefeitura, a exemplo da expansão das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), fez explodir a quantidade de projetos lançados.
No acumulado de 12 meses (janeiro a dezembro de 2019), os lançamentos na capital paulista somaram 55.529 unidades, 49,6% acima das 37.124 unidades lançadas no mesmo período do ano anterior (janeiro a dezembro de 2018).
Fonte: Secovi/SP
No acumulado de 12 meses (janeiro a dezembro de 2019), as 44.735 unidades comercializadas representaram um aumento de 49,5% em relação ao período anterior (janeiro a dezembro 2018), quando 29.929 unidades foram negociadas.
Fonte: Secovi/SP
Investimento em imóveis é pensar a longo prazo. Apesar de alguma alteração em função do Coronavírus, acreditamos que o mercado imobiliário de São Paulo irá apresentar boas oportunidades de investimento para desenvolvimento imobiliário nos próximos anos. Diversos fatores apoiam este nosso entendimento, tais como:
- Alta demanda apontada pelo déficit habitacional e ampliação das oportunidades de habitação de interesse social na região central da cidade;
- Juros em patamares mínimos históricos, ampliando entrada de investidores que compram com foco em renda (aluguel) e barateando o crédito para o cliente final;
- Pela maior concentração econômica do Brasil na cidade de São Paulo;
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Um abraço