O programa Casa Verde e Amarela (CVA) é um dos grandes motores de crescimento do mercado imobiliário, respondendo mais da metade dos financiamentos das unidades lançadas no país.
Mas, devido ao aumento dos custos de construção e à falta de atualização dos limites das faixas de renda, acabou perdendo espaço nas vendas das incorporadoras no primeiro trimestre.
Além disso, o aumento das taxas de juros acabou encarecendo as parcelas dos financiamentos, ao diminuir sua acessibilidade para muitas famílias.
Para fazer frente a esse cenário, o governo federal resolveu realizar mudanças em diversos programas sociais, inclusive o Casa Verde e Amarela, o que acabou animando as empresas do setor imobiliário, com perspectivas de excelentes vendas no segundo semestre.
Neste artigo, vamos falar um pouco mais sobre o que é o Casa Verde e Amarela, sua importância para o mercado e como é possível investir diretamente em excelentes projetos do setor que, além de ajudarem a reduzir o déficit habitacional, são capazes de entregar resultados extraordinários em pouco tempo.
Confira os tópicos que vamos abordar:
O que é o programa Casa Verde e Amarela?
É um programa habitacional do governo federal que substituiu o antigo Minha Casa, Minha Vida e oferece subsídios para que famílias de determinadas faixas de renda consigam ter acesso ao seu primeiro imóvel.
De acordo com pesquisas, o déficit habitacional em nosso país é de quase 6 milhões de moradias, com grande concentração nas famílias atendidas pelo programa.
Para se ter uma ideia da importância do Casa Verde e Amarela para o setor imobiliário, no ano passado, 56% de todos os financiamentos imobiliários foram feitos dentro do programa, o que explica por que ele é tão importante para as incorporadoras e construtoras.
Os imóveis atendidos pelo programa precisam estar localizados nas regiões urbanas do país. Para serem atendidas, as famílias precisam ter uma renda mensal de até R$ 7 mil.
De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Regional:
O objetivo do programa é promover o desenvolvimento econômico, gerar trabalho e renda para a população por meio da elevação dos padrões de habitabilidade e qualidade de vida da população urbana, mais afetada pelas condições precárias de moradias.
Mudanças no Casa Verde e Amarela animam empresas do setor
Apesar de ser um programa fundamental para a redução do grave déficit habitacional existente no país, o fato é que o Casa Verde e Amarela perdeu espaço no volume de unidades vendidas no início deste ano.
A participação do CVA no financiamento de novas moradias no país caiu para 46%, em razão da defasagem dos níveis de renda e dos incentivos em relação à nova realidade do setor em termos de custos e taxa de juros.
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O setor imobiliário não ficou imune à onda inflacionária e aos gargalos na cadeia de suprimentos que atingiram o mundo no último ano. Os custos dos materiais de construção, medidos pelo índice INCC, por exemplo, tiveram alta de 11,75% nos últimos 12 meses.
Tudo isso aliado à perda de poder aquisitivo da população levou o governo federal a atualizar o Casa Verde e Amarela. De acordo com um executivo do setor:
O limite dos financiamentos era de até 30% da renda familiar. Com a entrada do FGTS, esse percentual sobe para 38%, permitindo que mais famílias tenham acesso à casa própria. As vendas, com isso, devem aumentar.
O aumento das faixas de renda também permite que as incorporadoras aumentem o valor das unidades e, consequentemente, seu faturamento. É o que explica Gustavo Caetano, especialista do Inter, em entrevista ao Valor Econômico:
Com a elevação das faixas de renda do CVA, as incorporadoras ganham espaço no aumento de preço dos imóveis vendidos, o que naturalmente trará alívio nas margens concomitante à resiliência na demanda, solucionado assim parte dos desafios existentes no segmento.
Outras medidas para aumentar a acessibilidade aos imóveis também estão sendo tomadas pelo governo federal através da edição de Medidas Provisórias, como o alongamento do prazo de financiamento de 30 para 35 anos, o que pode reduzir em 6% o valor das parcelas para as famílias atendidas.
Uma matéria do portal Brazil Journal explica que pode haver uma elevação do subsídio para o público-alvo do Casa Verde e Amarela, de 5% a 10%, além de uma redução dos juros nas linhas de crédito do Pró-Cotista, voltado a imóveis não atendidos pelo programa, com valor de até R$ 1,5 milhão.
Analistas do Itaú BBA avaliam que todas essas mudanças devem fazer com que as construtoras elevem em 18% o preço de venda dos imóveis, ao repassar as atualizações para os preços dos imóveis.
Vendas de novos imóveis cresceram 12,8% em 2021
No ano passado, mesmo com os efeitos da pandemia sobre a atividade econômica, o setor imobiliário mostrou sua resiliência e conseguiu aumentar suas vendas em quase 13%.
Números da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram que houve um salto de 25,9% nos lançamentos e a oferta final fechou o período com um bom crescimento de 3,8%.
Diante das mudanças que estão sendo implementadas no Casa Verde e Amarela, a previsão é que o setor registre um robusto avanço neste ano, abrindo excelentes oportunidades para os investidores que desejam ter exposição direta ao setor, mas sem a volatilidade do mercado financeiro.
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