As estatais na bolsa de valores (B3) costumam chamar a atenção dos investidores por atuarem em setores defensivos, terem um fluxo de caixa previsível e pagarem bons dividendos aos acionistas.
Mas por que será que os papéis dessas empresas são negociados com desconto em relação aos seus pares do setor privado? As ações de empresas estatais na bolsa são uma opção segura para ter renda passiva e construir patrimônio no longo prazo?
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Essas são algumas das dúvidas dos investidores que desejam extrair o máximo de suas carteiras, mas não têm certeza se as empresas governamentais são uma boa opção para quem deseja construir um patrimônio sólido no longo prazo.
Para responder a essas e outras perguntas, elaboramos este artigo completo que analisará as vantagens e desvantagens de investir em empresas estatais na bolsa de valores e como fazer uma boa diversificação de portfólio com ativos geradores de renda, principalmente em anos eleitorais.
Os tópicos que vamos abordar são:
Vale a pena investir em ações de estatais na bolsa de valores?
Sempre que se fala em empresas estatais, a maioria dos analistas costuma ficar com um pé atrás na hora de recomendar suas ações aos investidores. Será que essa cautela tem razão?
Historicamente, é possível dizer que as empresas controladas pelo Estado são suscetíveis a interferências políticas e regulatórias que podem prejudicar sua eficiência operacional, sua capacidade de investimento e ganho de mercado.
O caso mais emblemático disso aconteceu com a Petrobras, uma das maiores empresas do país que, nos últimos trimestres, vem entregando resultados espetaculares aos investidores.
Esses lucros, no entanto, entraram na mira das autoridades em razão da disparada da inflação, que acumula alta de dois dígitos, especialmente por conta do preço alto dos combustíveis e energia.
A empresa passou a ser apontada como a vilã pelo encarecimento da gasolina e do diesel, e sua política de paridade de preços com o mercado internacional, responsável por seus bons resultados, começou a ser questionada com mais veemência.
Parlamentares ameaçaram abrir uma CPI para apurar a política de preços da companhia, alegando que ela estava aproveitando a valorização do barril de petróleo por causa da guerra na Ucrânia para lucrar em cima da população.
Em resumidas contas: a Petrobras, assim como outras estatais na bolsa, convive com a imprevisibilidade de resultados por conta de interferências indevidas em sua operação, para que atenda a interesses políticos de momento, e não aquilo que é melhor para a empresa, seus acionistas e a sociedade como um todo.
Confira no vídeo abaixo a opinião de Thiago Reis, fundador da Suno Research, se vale a pena investir em estatais na bolsa:
Quais são as estatais listadas na bolsa?
Na bolsa de valores estão listadas ações de empresas estatais federais e também estaduais, além de empresas que passaram pelo processo de desestatização. Entre as principais, podemos citar:
| Empresa | Código |
| Petrobras | PETR4, PETR3 |
| Eletrobras | ELET6, ELET3 |
| Banco do Brasil | BBAS3 |
| BB Seguridade | BBSE3 |
| Copel | CPLE6, CPLE11 |
| Cemig | CMIG4,CMIG3 |
| Sabesp | SBSP3 |
| Banrisul | BRSR6 |
| Sanepar | SAPR4 |
| Sanepar | SAPR11 |
| Copasa | CSMG3 |
| Caixa Seguridade | CXSE3 |
| IRB Brasil | IRBR3 |
| Embraer | EMBR3 |
Para os investidores que se perguntam: o que são ações estatais? A resposta é que são papéis de empresas controladas pelo governo federal ou estadual que abriram seu capital para atrair investimentos privados.
As empresas estatais emitem ações para se capitalizar e aumentar sua capacidade de investimento para prestar melhores serviços públicos à população, comprometendo-se a melhorar sua política de governança e suas práticas de mercado.
Qual o risco de investir em ações de estatais?
Como vimos, as empresas que foram criadas pelo governo para prestar serviços públicos à população ou atuar em setores estratégicos para a economia nacional muitas vezes estão à mercê de interesses políticos de momento e podem sofrer interferência de ordem regulatória.
Isso faz com que o risco de investir em estatais na bolsa seja bastante elevado, o que explica por que os papéis dessas companhias geralmente são negociados com desconto em relação aos seus principais pares do setor privado.
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Em anos eleitorais, a volatilidade das ações das estatais na bolsa pode crescer e prejudicar o desempenho da carteira dos investidores, principalmente aqueles que estão mais focados em renda passiva e construção de patrimônio no longo prazo.
Para extrair o máximo potencial do seu portfólio, a recomendação dos especialistas é uma só: diversificação, principalmente com ativos geradores de renda com pouca ou nenhuma correlação com o mercado financeiro.
O que são ativos geradores de renda?
Os ativos geradores de renda estão inseridos em setores sólidos e resistentes a crises e são capazes de realizar pagamentos periódicos na conta dos investidores, sem os riscos do mercado financeiro tradicional.
Já pensou em ser sócio de uma usina solar fotovoltaica e receber, todos os meses na sua conta, uma parte dos resultados da empresa?
Os investimentos alternativos recebem esse nome porque não são oferecidos por bancos ou corretoras, mais focados em papéis do mercado financeiro.
Esse tipo de investimento oferece a vantagem de estar diretamente ligado à economia real e, por isso, não sofre com o sobe e desce constante da bolsa de valores ou os riscos de interferência governamental em sua operação.
Um exemplo desse tipo de operação são os projetos captados pela TMX Energia via crowdfunding através da Bloxs.
O crowdfunding é uma modalidade de investimento coletivo em que um grupo de pessoas se une para colocar de pé projetos do seu interesse nos mais variados setores da economia, como energia renovável, tecnologia e inovação.
A Bloxs é uma plataforma de crowdfunding autorizada pela CVM e já captou mais de R$ 100 milhões para o desenvolvimento de projetos que geram emprego e renda ao redor do país.
A TMX Energia, por exemplo, especializada em usinas solares, já captou mais de R$ 17,5 milhões através da Bloxs, graças à união de 1080 investidores que acreditaram no potencial da empresa e estão recebendo todos os meses uma parte do lucro da operação.
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