Os fundos florestais investem bilhões de reais no cultivo de árvores para abastecer indústrias essenciais para o desenvolvimento do país, como papel e celulose, energia, construção civil, entre outras.
Com um faturamento anual de mais de R$ 100 bilhões, o setor florestal responde por grande parte das nossas exportações e tem presença constante no portfólio de grandes gestores financeiros, por oferecer retornos estáveis e acima da média de outros ativos.
No entanto, as regras atuais do mercado de capitais restringem o acesso de pequenos investidores aos fundos florestais, em razão das suas características de risco e liquidez. Por isso, esse tipo de investimento, considerado seguro e altamente lucrativo, é desconhecido pela maioria das pessoas.
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Foi somente com a regulamentação do crowdfunding pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que os ativos florestais entraram na mira de pequenos investidores que buscam resultados mais consistentes para suas carteiras no longo prazo.
No artigo de hoje, vamos entender melhor como funcionam os fundos florestais, as vantagens desse setor para investimentos e como você pode participar de projetos de florestas comerciais diretamente ligados à economia real.
Os tópicos que vamos abordar são:
Fundos florestais investem bilhões no cultivo comercial de árvores
Estratégico para o desenvolvimento sustentável do país, o setor florestal vem chamando a atenção de grandes players do mercado, por registrar demanda crescente ao redor do mundo e oferecer retornos robustos no longo prazo, com baixa volatilidade.
Como mostra o gráfico abaixo, referente ao desempenho histórico do índice americano de ativos florestais NCREIF Timberland, o setor florestal comprovadamente entrega resultados muito maiores do que os principais títulos de renda fixa e variável do mercado, como as ações (S&P 500) e os títulos públicos (treasuries):
E não para por aí: a volatilidade histórica dos ativos florestais é extremamente reduzida, inclusive em períodos de crises e grande estresse no mercado financeiro, como ocorreu no crash das empresas “ponto com”, no início dos anos 2000, e a crise do subprime de 2008.
Isso explica porque os projetos de florestas comerciais têm presença constante no portfólio de grandes investidores.
Como explica Felipe Souto, CEO da Bloxs, plataforma de investimentos que faz captações voltadas a projetos da economia real, como o cultivo comercial de árvores:
Fundos institucionais e family offices investem pesado em ativos florestais como forma de proteção de portfólio e valorização de capital no longo prazo. Como os projetos apresentam baixa liquidez e exigem muito capital inicial, os pequenos investidores estavam longe desse mercado estável e lucrativo.
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Ativos floretais oferecem benefícios econômicos e sustentáveis
Os fundos florestais investem no cultivo comercial de árvores que oferecerão insumos utilizados pelas mais variadas indústrias, como papel e celulose, tecidos, embalagens, móveis, energia, construção civil e até cosméticos e medicamentos.
Como explica Rafael Rios, COO e cofundador da Bloxs:
As florestas plantadas registram alta demanda do mercado interno e, sobretudo, do exterior, já que a rastreabilidade da madeira é um requisito importante para a comercialização dos insumos. Como o cultivo das árvores exige alta disponibilidade de terras, grande volume de capital e técnicos especializados, é um setor bastante restrito.
Quem corrobora essa visão é Ederson de Almeida, da consultoria de ativos florestais Consufor. O especialista explica que, além do alto investimento inicial para o desenvolvimento biológico dos ativos, é preciso seguir regras rígidas do Código Florestal Brasileiro. Segundo ele:
O valor de mercado das florestas de eucaliptos e, em menor medida, de pinus nos portfólios dos gestores corresponde a um valor aproximado de R$ 16,2 bilhões, considerado o fluxo de caixa projetado com a venda das madeiras trazido a valor presente.
De fato, trata-se de um investimento de longo prazo, já que todo o processo, desde o cultivo até o corte das árvores para venda, leva em média duas décadas.
Para se ter uma ideia da dimensão desse mercado, os fundos florestais são detentores de uma área plantada equivalente a 5,3 vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Como os proprietários das terras devem, por força de lei, preservar a vegetação natural de uma área de mesma medida, os benefícios dos ativos florestais vão além do desenvolvimento econômico.
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Felipe Souto, da Bloxs, explica que as florestas plantadas para o abastecimento da indústria nacional e internacional reduzem a pressão sobre áreas protegidas, além de contribuírem para a redução do aquecimento global.
Não estamos falando apenas de retornos financeiros; o benefício gerado para a conservação de nascentes, florestas nativas e biomas naturais é incomensurável. Por isso, investir em ativos florestais é também contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta.
É possível ter um retorno robusto acima da inflação com florestas plantadas?
Especialistas estimam que o investimento em ativos florestais são considerados defensivos por historicamente gerarem retornos de cerca de 10% acima da inflação.
Como bem explica uma matéria do Infomoney:
O retorno almejado com o investimento nos fundos florestais das gestoras locais é atraente, ao oscilar dentro de uma banda de 7% a 10% ao ano, além da variação da inflação medida pelo IPCA – em uma análise histórica, o preço da madeira acompanha a evolução dos índices de preços no longo prazo.
O portal financeiro esclarece que o investimento em fundos florestais, como os oferecidos pela Lacan e Copa Investimentos, é restrito a grandes fortunas, já que o tíquete médio para ter acesso a esse tipo de produto financeiro parte de R$ 1 milhão:
As ofertas de produtos do tipo realizadas até aqui pelas gestoras de fundos florestais no mercado local foram restritas somente aos investidores classificados como profissionais pela legislação, isto é, com mais de R$ 10 milhões em aplicações financeiras. Para investir em fundos do tipo, o tíquete começa a partir de R$ 1 milhão.
Como ter acesso a ativos florestais?
Como os pequenos investidores não têm acesso aos fundos florestais disponíveis hoje no país, o setor sempre esteve distante das pessoas físicas interessadas em diversificar suas carteiras com ativos reais.
Foi somente com a regulamentação do crowdfunding pela CVM, em 2017, que esse mercado foi aberto aos investidores comuns.
O crowdfunding é uma modalidade de investimento em que um grupo de investidores com interesses comuns se unem para financiar projetos do seu interesse, em parceria com especialistas em cada mercado, seja fornecendo crédito direto ou se tornando sócios dos empreendimentos.
Entre as plataformas de crowdfunding que atuam no setor florestal, a Bloxs é a que mais se destaca, ao ter captado projetos que se tornaram referência nos investimentos alternativos, como o Khaya Agroflorestal, captado com sucesso em 2021.
Na oferta Khaya Agroflorestal, foram captados quase R$ 5 milhões, graças à participação de mais de 200 investidores, interessados no desenvolvimento de uma floresta comercial de mogno-africano no interior de Minas Gerais.
Esse excelente projeto tem uma rentabilidade-alvo de 19,44% ao ano. Acompanhe sua evolução clicando aqui.
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