As empresas brasileiras estão recorrendo cada vez mais a medidas de recuperação e liquidação judicial, diante da crise econômico-financeira desencadeada pelos juros altos e a lenta retomada do consumo.
Houve um aumento significativo no número de pedidos de falência e recuperação judicial no país no último ano, atingindo empresas de todos os portes, que enfrentam um cenário de escassez e restrição de crédito.
Essa tendência, no entanto, não é exclusiva do Brasil. O Fundo Monetário Internacional alertou que também houve um aumento do risco de insolvência de empresas ao redor do mundo, devido ao aumento da dívida corporativa durante a pandemia e ao impacto das taxas de juros mais elevadas.
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Sem dúvida, esse ambiente adverso de negócios está sendo causado pelo forte aperto monetário realizado pelos bancos centrais ao redor do mundo no último ano, a fim de combater a inflação, que atingiu seu nível mais alto das últimas décadas.
No Brasil, a restrição financeira foi ainda mais violenta, já que a taxa básica de juros saiu da mínima histórica de 2% em 2021 para os atuais 13,75% em um curto espaço de tempo.
Neste artigo, vamos entender melhor quais estão sendo os efeitos concretos da elevada taxa de juros e restrição de crédito para as empresas no país e como é possível encontrar no mercado de capitais soluções que possam atenuar parte desse problema.
Os tópicos que vamos abordar a partir de agora são:
- Mais empresas requerem falência ou recuperação judicial no país
- Empresas demandam mais crédito para enfrentar crise
- Números de empresas inadimplentes também sobe
- Juros alto e demanda fraca explicam parte do problema
- Restrição financeira também cresce no mundo
- Como contornar a crise do crédito no mercado de capitais?
Mais empresas requerem falência ou recuperação judicial no país
Os efeitos da forte alta de juros e da retomada lenta do consumo para as empresas já começam a aparecer de forma mais clara nos pedidos de falência e recuperação judicial no país.
De acordo com um levantamento realizado pela Serasa Experian, o número de pedidos de falência atingiu o maior nível em três anos em janeiro deste ano. Durante esse período, foram registrados 72 pedidos, em comparação com 46 em 2022 e 40 em 2021.
Ao mesmo tempo, os pedidos de recuperação judicial também aumentaram significativamente. Segundo os dados do estudo, 92 empresas solicitaram ajuda judicial para reestruturar suas dívidas em janeiro deste ano. Isso representa um aumento de 37,3% em relação a janeiro de 2022 e quase 90% em relação a janeiro de 2021.
Quanto ao porte das empresas que buscaram a recuperação judicial durante esse período, a maioria dos pedidos veio de micro e pequenas empresas, representando dois terços do total. No entanto, 15 empresas de grande porte também recorreram a esse mecanismo legal no primeiro mês do ano, três vezes mais do que no ano anterior.
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Empresas demandam mais crédito para enfrentar crise
Dados da Serasa Experian mostram ainda que a demanda por crédito empresarial aumentou em relação ao último ano.
Enquanto no primeiro trimestre de 2022 a demanda agregada por empréstimos registrou um aumento de apenas 2,90%, no mesmo período deste ano, a situação é bastante diferente: tivemos um aumento de 28,80% em solicitações de crédito empresarial, o que mostra que as empresas estão buscando mais formas de robustecer seu caixa, diante das adversidades financeiras.
Números de empresas inadimplentes também sobe
Outro dado que mostra a dificuldade crescente das empresas em um ambiente de juros altos e baixa demanda é o aumento do número do estoque de empresas inadimplentes, de acordo com a Serasa Experian.
Os indicadores mostram que, na comparação do primeiro trimestre de 2022 com o mesmo período deste ano, houve um aumento de 6,7% no número de empresas que não estavam conseguindo cumprir seus compromissos.
No que se refere ao estoque de dívidas negativadas, o que vimos foi um crescimento ainda maior, passando de R$ 296,7 bilhões para R$ 338,5 bilhões, um aumento de 12,35%.
Juros alto e demanda fraca explicam parte do problema
Esses números refletem as dificuldades financeiras enfrentadas pelas empresas brasileiras, que estão recorrendo cada vez mais a medidas de recuperação e liquidação para superar a crise econômico-financeira.
Um dos principais elementos para esse ambiente operacional adverso é o aumento dos juros, que encarece o crédito e dificulta o pagamento das dívidas pelas empresas.
A Selic, taxa básica de juros, teve um aumento considerável, passando de 2% no início de 2021 para 13,75% em agosto de 2022, onde permanece estacionada até o momento.
Além desse forte aperto monetário, a retomada do consumo continua em ritmo lento, sobretudo por conta da inflação e da diminuição da renda da população, o que também contribui para as dificuldades financeiras enfrentadas pelas companhias.
Outro elemento que, indiretamente, também afeta a confiança dos empresários e sua propensão para investimentos é a incerteza com a política fiscal do novo governo.
Essa conjunção de fatores explica, em parte, as crises sucessivas que as empresas brasileiras vêm enfrentando nos últimos anos, levando ao aumento do número de falências e pedidos de recuperação judicial.
Restrição financeira também cresce no mundo
O mais sintomático de tudo é que essa tendência de aumento do risco de insolvência não se restringe ao Brasil.
De fato, o Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu um alerta sobre o aumento desse risco das empresas em todo o mundo. Durante a pandemia, a dívida corporativa aumentou mais de US$ 12 trilhões nas economias avançadas e emergentes, com as companhias buscando crédito para fortalecer seus balanços e sobreviver ao impacto econômico da crise sanitária.
Isso levou o FMI a projetar que 38 economias avançadas e emergentes estão em risco médio de problemas corporativos, enquanto sete economias, principalmente na Europa e na Ásia, registram alto risco de enfrentar problemas corporativos sistêmicos.
Ou seja, o resultado líquido da pandemia e da consequente alta da inflação e dos juros é que o risco de insolvência das empresas é maior agora do que antes da crise sanitária.
Esses dados globais mostram que é necessário fortalecer os sistemas de insolvência para facilitar a reestruturação, especialmente de grandes empresas altamente endividadas.
Além disso, é importante investir na especialização dos agentes envolvidos nos processos de insolvência empresarial para lidar com as demandas complexas desses procedimentos.
Isso pode exigir soluções que promovam a uniformidade e a celeridade na análise desses casos, gerando decisões mais fundamentadas e um arcabouço jurídico mais sólido.
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Como contornar a crise do crédito no mercado de capitais?
Não é fácil encontrar uma solução para esse cenário adverso para as empresas, mas existem alternativas que, comparativamente, podem ser mais vantajosas na hora de executar um novo projeto ou robustecer o caixa.
E uma das opções disponíveis hoje ao empresário é o mercado de capitais que, ao contrário do que muitos imaginam, não está restrito a grandes empresas.
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