Naji Nahas é uma das figuras mais conhecidas do mercado financeiro. O empresário, investidor e especulador ficou famoso por ter sido “o homem que quebrou a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro” em 1989.
Sua história é um misto de sucesso e polêmicas, pois ao mesmo tempo que foi um dos mais bem-sucedidos investidores do país, foi condenado por crimes em diversas ocasiões.
No texto de hoje, vamos falar mais sobre a história e trajetória profissional de Naji Nahas.
Naji Nahas, durante os anos 80, montou um extenso e complexo esquema de compra de ações.
Na época, ele adquiriu uma quantidade considerável de ações da Petrobrás, aproveitando-se do baixo valor das ações da companhia.
O jogo jogado pelo empresário parecia normal para alguém com a quantidade de dinheiro que possuía, porém o buraco era mais fundo.
Naji Nahas negociava as ações da petrolífera com ele mesmo em um esquema criminoso.
O libanês fazia empréstimos bancários se utilizando de nomes de laranjas a fim de usar esse dinheiro para negociar as ações entre si.
Como resultado, o valor das ações da Petrobrás se valorizasse (artificialmente) muito em pouco tempo, causando um desequilíbrio entre valor e preço.
Naji Nahas, nesse momento, conseguiu levar seu plano “perfeito” como especulador por muitos meses, mas não conseguiu escapar de uma análise mais profunda realizada pela Bolsa.
Os diretores da Bolsa, tendo conhecimento das práticas realizadas por Naji Nahas, convenceram credores a pararem de emprestar dinheiro para o empresário.
Quando a torneira de dinheiro se fechou, as corretoras que intermediavam os negócios se viram com dívidas estratosféricas.
Buscando compensar o prejuízo que o esquema do libanês causou no mercado, a Bolsa de Valores decidiu confiscar a carteira de ações de Nahas.
Estima-se que sua carteira valia, na época, cerca de 500 milhões de dólares.
Mesmo com todo patrimônio de Nahas em mãos, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro quebrou. O dano havia sido maior do que tinham previsto.
Desde 1989, a Bolsa carioca nunca conseguiu se recuperar do colapso e até hoje sofre com as consequências do esquema montado por Nahas.
Em 8 de julho de 2008, Naji Nahas foi preso pela segunda vez. O empresário foi alvo da operação Satiagraha da Polícia Federal.
A operação fez parte das investigações do Mensalão.
A prisão de Nahas foi decretada pelo juiz federal Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Além do investidor libanês, foram presos Daniel Dantas, banqueiro dono do grupo Opportunity, Dório Ferman, presidente do grupo Opportunity, Celso Pitta, ex-prefeito de São Paulo, entre outros.
Nahas, de fato, foi acusado de comandar, junto a Daniel Dantas, um esquema de manipulação e especulação do mercado acionário brasileiro.
Eventualmente, a descoberta de uma gravação, onde Nahas ordenava a compra de ações da Petrobrás uma semana antes da divulgação da descoberta de um mega-campo de petróleo, foi a prova necessária para a prisão do empresário.
Apesar das ações da Petrobrás estarem em queda no momento da ordem da compra, o Juiz responsável pelo caso compreendeu que o conselho de Nahas se deu devido a informações privilegiadas.
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Naji Nahas | História de Vida
Naji Robert Nahas nasceu no Líbano em 1947. Seus pais se mudaram para o Egito e o libanês permaneceu no país até 1969. No ano de 1969, mudou-se para o Brasil e trouxe consigo uma fortuna estimada de 50 milhões de dólares. O jovem de 22 anos havia recebido um alto valor em dinheiro vindo de sua família e decidiu se mudar para o Brasil e empreender em terras tupiniquins. Dessa forma, buscando ampliar sua fortuna e empreender no Brasil, Naji Nahas começou a investir e comprar diversas empresas dos mais variados nichos. A princípio, o empresário comprou fábricas, seguradoras, bancos e investiu até na criação de coelhos. Em pouco tempo, Naji Nahas obteve um imenso sucesso com seus empreendimentos e antes mesmo dos 40 anos já era dono de conglomerado multimilionário.Naji Nahas e a Bolsa de Valores
Nos anos 80, Naji Nahas, querendo aumentar sua fortuna, começou a investir em ações na Bolsa de Valores. Assim, comprou ações de diversas empresas que estavam listadas na Bolsa do Rio de Janeiro. O foco inicial do empresário foi comprar uma grande quantidade de ações das maiores estatais do país, como Vale e Petrobrás. Em 1988, Naji Nahas se viu estampado na capa das principais revistas e jornais do país. O investidor foi o pivô do maior escândalo que a Bolsa carioca já viu em sua história.O Homem que Quebrou a Bolsa
Naji Nahas, durante os anos 80, montou um extenso e complexo esquema de compra de ações.
Na época, ele adquiriu uma quantidade considerável de ações da Petrobrás, aproveitando-se do baixo valor das ações da companhia.
O jogo jogado pelo empresário parecia normal para alguém com a quantidade de dinheiro que possuía, porém o buraco era mais fundo.
Naji Nahas negociava as ações da petrolífera com ele mesmo em um esquema criminoso.
O libanês fazia empréstimos bancários se utilizando de nomes de laranjas a fim de usar esse dinheiro para negociar as ações entre si.
Como resultado, o valor das ações da Petrobrás se valorizasse (artificialmente) muito em pouco tempo, causando um desequilíbrio entre valor e preço.
Naji Nahas, nesse momento, conseguiu levar seu plano “perfeito” como especulador por muitos meses, mas não conseguiu escapar de uma análise mais profunda realizada pela Bolsa.
Os diretores da Bolsa, tendo conhecimento das práticas realizadas por Naji Nahas, convenceram credores a pararem de emprestar dinheiro para o empresário.
Quando a torneira de dinheiro se fechou, as corretoras que intermediavam os negócios se viram com dívidas estratosféricas.
Buscando compensar o prejuízo que o esquema do libanês causou no mercado, a Bolsa de Valores decidiu confiscar a carteira de ações de Nahas.
Estima-se que sua carteira valia, na época, cerca de 500 milhões de dólares.
Mesmo com todo patrimônio de Nahas em mãos, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro quebrou. O dano havia sido maior do que tinham previsto.
Desde 1989, a Bolsa carioca nunca conseguiu se recuperar do colapso e até hoje sofre com as consequências do esquema montado por Nahas.
As Condenações de Naji Nahas
“O homem que quebrou a Bolsa” foi condenado por seus crimes e foi preso no mesmo ano. Entretanto, ficou apenas um ano preso em reclusão domiciliar. Posteriormente, o empresário foi inocentado de todas as acusações. Sua defesa alegou que o mecanismo utilizado por Nahas era algo comum na época, sendo usado por muitos dos grandes investidores do país. Naji Nahas alegou, em sua defesa, que a quebra da Bolsa só ocorreu devido à intervenção realizada pela própria equipe da BVRJ. O empresário se viu completamente livre de qualquer tipo de acusação oriunda do caso, entretanto sua história de afronta à lei não terminou por aí.A Segunda Prisão
Em 8 de julho de 2008, Naji Nahas foi preso pela segunda vez. O empresário foi alvo da operação Satiagraha da Polícia Federal.
A operação fez parte das investigações do Mensalão.
A prisão de Nahas foi decretada pelo juiz federal Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Além do investidor libanês, foram presos Daniel Dantas, banqueiro dono do grupo Opportunity, Dório Ferman, presidente do grupo Opportunity, Celso Pitta, ex-prefeito de São Paulo, entre outros.
Nahas, de fato, foi acusado de comandar, junto a Daniel Dantas, um esquema de manipulação e especulação do mercado acionário brasileiro.
Eventualmente, a descoberta de uma gravação, onde Nahas ordenava a compra de ações da Petrobrás uma semana antes da divulgação da descoberta de um mega-campo de petróleo, foi a prova necessária para a prisão do empresário.
Apesar das ações da Petrobrás estarem em queda no momento da ordem da compra, o Juiz responsável pelo caso compreendeu que o conselho de Nahas se deu devido a informações privilegiadas.
Naji Nahas e a Desocupação de Pinheirinho
Em janeiro de 2012, a Polícia Militar do Estado de São Paulo, junto da Guarda Municipal de São José dos Campos, realizou a desintegração de posse da região conhecida como Pinheirinho. A ordem judicial foi cumprida 8 anos depois da região ter sido invadida e naquele momento abrigava mais de 1500 famílias. Posteriormente, o nome do empresário Naji Nahas foi ligado ao caso pelo ex-delegado da PF e deputado federal, na época, Protógenes Queiroz. Segundo Queiroz, Nahas possuía interesses na desocupação do terreno do Pinheirinho, pois era credor da massa falida da empresa que era proprietária do terreno. O terreno da ocupação do Pinheirinho era avaliado, em 2012, em 12 milhões de reais e devia 16 milhões de reais em impostos para o município de São José dos Campos. LEIA TAMBÉM: Faltam ativos reais na sua carteira? Veja quanto está deixando de ganhar… Se você busca investimentos além dos tradicionais, conheça a Bloxs, sua oportunidade de investir nos investimentos alternativos, opção para reduzir sua exposição a volatilidade das ações por meio do investimento direto na economia real, os chamados ativos reais, que se tornou uma estratégia de grandes investidores para balancear a carteira. Uma opção é o crowdfunding (financiamento coletivo), através da modalidade equity ou dívida. Cadastre-se e conheça nossas ofertas!
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