Conhecido como “Oráculo de Omaha”, Warren Buffett (1930 – ) é CEO da famosa holding company Berkshire Hathaway e um dos investidores mais respeitados do mercado financeiro.
Hoje você vai conhecer a história e os ensinamentos dessa personalidade que é considerada por muitos como a mais influente do mundo das finanças atualmente.
Warren Buffett: a trajetória de um ícone
Referência absoluta da estratégia de investimento em valor, Warren Edward Buffett transformou a Berkshire Hathaway, antiga fábrica de tecidos, em um dos maiores conglomerados financeiros do planeta.
Com uma fortuna pessoal avaliada em US$ 89,1 bilhões, Buffett entrou para a seleta lista de bilionários da Forbes em 2008. Atualmente, o americano é o 4º homem mais rico do mundo.
Ao longo de sua trajetória estelar no mundo dos investimentos, o Oráculo de Omaha angariou uma legião de fãs que todos os anos afluem para aquela cidade do Nebraska para ouvi-lo falar durante assembleia anual da Berkshire.
Posteriormente, o evento se tornou um sucesso tão grande que foi ironicamente apelidado de “Woodstock do Capitalismo”, atraindo a atenção de praticamente toda a mídia especializada.
Empresário de sucesso e filantropo, Warren Buffett ganhou fama graças à sua filosofia de investimento que hoje é amplamente empregada por investidores de todas as partes do mundo.
Mas qual é o segredo de tanto sucesso?
Continue lendo e descubra como esse mago dos investimentos conseguiu construir uma fortuna tão grande através da sua estratégia de seleção de ativos.
Visionário desde a infância
Nascido em 1930 na cidade de Omaha, estado de Nebraska (EUA), Warren Buffett se interessou pelo mundo dos negócios desde muito cedo. Seu pai era corretor de valores e tinha um escritório que o menino prodígio adorava frequentar para acompanhar os preços das ações.
Aos 11 anos de idade, Buffett fez seu primeiro investimento, ao adquirir três ações preferenciais da empresa Cities Service a US$ 38.
O papel se desvalorizou inicialmente para US$ 27, mas o jovem manteve a confiança e esperou pela recuperação do ativo até ele alcançar US$ 40.
Foi então que ele vendeu sua participação com um pequeno lucro, mas acabou se arrependendo, ao descobrir que a Cities Service havia disparado logo depois para US$ 200.
Buffett citou essa experiência como um importante aprendizado sobre a necessidade de ter paciência ao investir.
Conturbada formação acadêmica
Warren Buffett nunca teve a intenção de frequentar a faculdade, mas, após muita insistência do pai, decidiu se inscrever no curso de Administração de Empresas da Wharton School, Universidade da Pensilvânia, aos 16 anos de idade.
Depois de dois anos reclamando que sabia mais do que seus professores, pediu transferência para a Universidade de Nebraska, onde se formou aos 19 anos.
Mais uma vez a pedido do pai, Buffett continuou seus estudos de pós-graduação. Tentou inicialmente entrar em Harvard, mas foi rejeitado. Decidiu, então, ver o quadro de pesquisadores da Universidade de Columbia e descobriu que ali lecionava o grande investidor Benjamin Graham, que mais tarde se tornaria seu mentor.
Buffett obteve seu mestrado em Economia pela Universidade de Columbia em 1951. Logo depois, complementou sua formação no Instituto de Finanças de Nova York.
Controle da Berkshire Hathaway
No mesmo ano em que obteve seu título de mestrado em Economia, Buffett se tornou agente de investimentos da Buffett-Falk & Company, onde assumiria o cargo de analista de renda variável e posteriormente sócio da Buffett Partnership, Ltd.
Em meados da década de 1960, Warren Buffett se tornou acionista majoritário da Berkshire Hathaway, que à época era um grupo formado por pequenas fábricas de tecido, cuja sede estava em sua cidade natal.
Desde o início, Buffett procurou diversificar os fluxos de caixa da companhia, sem se restringir ao seu core business, mas ingressando em outros segmentos de atuação. Sua estratégia de crescimento começou a dar resultado, e logo o jovem executivo se tornaria CEO da empresa, cargo que continua ocupando até hoje.
De 1965 a 2019, as ações da Berkshire Hathaway geraram um impressionante retorno de 2.744.062%. Nesse mesmo período, o S&P 500 gerou um retorno de apenas 19.784%.
Em 2010, o Oráculo de Omaha anunciou que faria sua transição no controle da empresa para uma equipe formada por um CEO e de dois a quatro gestores de investimentos. Entretanto, até hoje não anunciou que assumiria o cargo mais alto da companhia.
Filosofia de Warren Buffett
Buffett segue a escola de pensamento de Benjamin Graham, conhecida como value investing, ou investimento em valor. Essa filosofia de investimento busca identificar ativos cujos preços estejam injustificadamente abaixo do seu valor intrínseco.
Não existe uma forma universalmente aceita de determinar o valor intrínseco de um ativo, mas costuma-se levar em consideração seus fundamentos subjacentes.
Dessa forma, na condição de “caçadores de barganhas”, os investidores de valor vão atrás de ações que acreditam estar subestimadas pelo mercado ou cujo valor não tenha sido devidamente reconhecido pela comunidade de investidores.
Trata-se, portanto, de uma estratégia que visa estudar detalhadamente todos os indicadores contábeis e as condições de mercado das empresas, a fim de determinar aquelas que têm grande potencial para crescer no futuro a partir de um patamar considerado barato.
Metodologia de investimento
Warren Buffett descobre valor a preços baixos fazendo-se algumas perguntas ao avaliar a relação entre o nível de excelência de uma ação e seu preço. Vale lembrar que os parâmetros a seguir não são os únicos considerados na análise. Eles servem apenas para resumir o que o megainvestidor olha na hora de aplicar seu dinheiro.
Desempenho da empresa
É medido pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE – Return on Equity), que mostra a rentabilidade de uma empresa, além da taxa de retorno que um acionista recebe por sua parcela de participação. Seu cálculo é feito dividindo-se o lucro líquido pelo patrimônio dos acionistas (ativos da companhia menos dívida).
Nível de endividamento
A relação dívida sobre patrimônio é outro indicador-chave acompanhado de perto por Buffett. O ideal é que a empresa apresente um pequeno volume de dívidas para que o crescimento dos resultados seja gerado a partir do patrimônio dos acionistas, e não por operações de crédito.
Margens de lucro
A lucratividade de uma empresa depende não só de uma boa margem de lucro, mas também do seu crescimento constante. Essa margem é calculada dividindo-se o lucro líquido pelas vendas líquidas.
Histórico de resultados
Buffett geralmente se interessa apenas por empresas com pelo menos 10 anos de histórico de resultados. Além disso, Buffett diz só investir em negócios que ele consiga compreender plenamente. A partir do histórico de performance de uma empresa, Buffett consegue determinar sua capacidade – ou incapacidade – de gerar valor aos acionistas.
Diferencial
Buffett é conhecido por não gostar de empresas cujos produtos não apresentem diferenciais claros em relação à concorrência. Tudo aquilo que uma empresa produz e é difícil de replicar, Buffett chama de “economic moat”, ou vantagem competitiva.
Preço
Nenhum dos fatores elencados acima justifica um investimento caso o preço de uma ação não esteja descontado. Para Buffett, essa condição é sine qua non, pois ele gosta de se posicionar estrategicamente em empresas que demonstrem potencial para crescer no futuro, a partir de uma base referencial bastante baixa.
Conclusão
Em conclusão, a trajetória de sucesso de Warren Buffett traz muitas lições à comunidade de investidores, que muitas vezes acaba se perdendo por acreditar em fórmulas milagrosas de enriquecimento rápido.
Como pudemos ver, a filosofia de investimento de Buffett baseia-se sobretudo no conhecimento e na paciência para identificar as melhores oportunidades.
A determinação de um investimento, portanto, não pode ser abalada pelas oscilações diárias do mercado, mas deve se respaldar em convicções bem embasadas, que podem eventualmente acabar se revelando equivocadas, já que não existem fórmulas infalíveis.
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