Na semana passada aconteceu a XP Alternative Week. Um evento online dedicado ao tema dos Investimentos Alternativos, realizado pela XP Investimentos.
A Bloxs, admira e apoia a iniciativa da XP em aproximar o tema do investidor comum, afinal, democratizar o acesso aos investimentos alternativos faz parte do nosso propósito.
XP, parabéns por mais esse sucesso!
Não conseguiu acompanhar o que rolou no evento?
Fique tranquilo, nosso time, assistiu, debateu e trouxe um resumo especial para você que quer saber mais sobre como investir em investimentos alternativos.
Espero que gostem.
Um abraço,
- XP Alternative Week: mais conhecimento sobre investimentos alternativos
- Destaques da XP Alternative Week
- Panorama Alternativos: desafios e oportunidades
- Crescimento do mercado de investimentos alternativos
- Atenção ao risco
- Fundos de Infraestrutura, Real Estate e Distress Asset: desafios e oportunidades
- A evolução dos FIIs
- Special Situations
- Setores fortes no pós-pandemia
- Angel Investing & Venture Capital: o nascimento de uma empresa
- Segmento promissor, mas ainda incipiente
- Experiência e parceria do investimento é fundamental
- Alta rentabilidade e pouca liquidez
- IPO de empresas investidas por fundos de private equity: casos de sucesso e casos que não deram tão certo
- Características dos fundos de private equity e venture capital
- Exemplos de sucesso
- Investimento de Impacto & ESG: o retorno de um mundo melhor
- Intenção clara
- Processo de mudança
- Private Equity: a alavanca de crescimento das empresas
- Processo de mentoria
XP Alternative Week: mais conhecimento sobre investimentos alternativos
De 29 de setembro a 1 de outubro, a XP Inc. realizou um grande evento sobre os investimentos alternativos: a XP Alternative Week.
Foram três dias inteiramente dedicados a essa categoria ainda pouco conhecida e discutida no Brasil.
Gestores, diretores e empresários do setor se reuniram para explicar o que são fundos de Private Equity, Venture Capital, Special Situations, entre outros temas.
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O objetivo da XP Alternative Week foi permitir que os investidores soubessem como diversificar melhor suas carteiras e aumentar a rentabilidade do seu portfólio com oportunidades que antes só eram acessíveis a clientes private e institucionais.
Leia também: Três passos simples para aproveitar a crise e montar uma carteira de investimentos de sucesso
Destaques da XP Alternative Week
Os investimentos alternativos abrangem uma classe de ativos que guardam pouca correlação com o mercado financeiro.
Por apresentarem baixa liquidez no mercado secundário, as taxas de retorno costumam ser bem acima da média do mercado.
A XP Alternative Week destacou os seguintes tipos de investimento alternativo:
- Private Equity: investimento com foco na gestão ativa de participações em empresas de capital fechado. O objetivo é impulsionar o crescimento tanto em termos financeiros quanto em administração, a fim de melhorar a eficiência operacional e ampliar a receita da companhia.
- Venture Capital: fundos bastante parecidos com os de private equity, mas dedicados a empresas em sua fase inicial de crescimento (startups).
- Infraestrutura: investimentos realizados em projetos de infraestrutura, com foco na geração de receita recorrente e de longo prazo.
- Distressed Assets & Special Situations: oportunidades de investimento em projetos com dificuldades financeiras. O prazo da operação costuma ser menor do que os fundos do tipo private equity e venture capital e o risco envolvido é bastante elevado.
- Real Estate: investimentos em projetos específicos do setor imobiliário, seja por meio de participação societária ou de operações de crédito.
Faça parte da nossa lista de interesse em real estate.
A XP Alternative Week destacou que os investimentos alternativos apresentam as seguintes características:
- Baixa correlação com investimentos tradicionais;
- Baixa liquidez;
- Foco de longo prazo;
- Ideias para perfis agressivos.
Leia também: É hora de democratizar os investimentos alternativos
Panorama Alternativos: desafios e oportunidades
A primeira palestra da Alternative Week abordou as várias possibilidades de investimentos dentro do universo dos ativos alternativos.
O quadro de especialistas foi o seguinte:
A apresentação teve como foco o ecossistema dos investimentos alternativos no Brasil, fornecendo dados, oportunidades e melhores práticas no setor.
Os especialistas também destacaram as diferentes modalidades disponíveis nesse mundo, bem como suas diferenças para os investimentos comuns.
Na abertura, Gustavo Pires indicou que 87% dos investidores nunca investiram em fundos da classe, mas 89% deles desejavam se aprofundar no assunto, de acordo com uma pesquisa da XP Investimentos.
Esse interesse se deve às baixas taxas de juros, que já eram uma realidade em países como EUA, Reino Unido e Israel. Esse cenário impulsionou os investimentos alternativos lá fora, onde o PIB do setor gira em torno de 1% a 2,5%.
Foram abordadas as seguintes classes de investimentos alternativos: private equity, venture capital, infraestrutura, real estate, distressed assets e special situations.
O retorno de todas essas classes de ativos, em razão do seu risco, costuma ser bastante elevado, variando entre os 15% e 30%.
Outra característica dos investimentos alternativos é a iliquidez, ou seja, a possibilidade de sair da operação no mercado secundário é praticamente inexistente. Isso exige muita perícia por parte dos investidores, pois esse retorno elevado precisa de tempo.
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Crescimento do mercado de investimentos alternativos
Segundo Anfrea Minardi:
“A classe é apaixonante, pois está mais próxima da economia real. O investidor é mais ativo e vai participar, ajudar nas tomadas de decisão e, por consequência, do crescimento. É um modelo muito eficiente”
Marina Procknor fez questão de frisar como os investimentos alternativos cresceram nos últimos anos:
“Os alternativos cresceram 15% em participação, de um ano para o outro, enquanto outros fundos ficaram na casa dos 7%. Existe um grande desenvolvimento desse universo”.
Chu Kong, gestor do XP Private Equity, primeiro fundo de private equity focado no investidor pessoa física, também destacou que o movimento de democratização desses ativos vai fortalecer ainda mais o mercado.
Segundo Kong:
“Quem vivia de Selic a 14%, ficou órfão. Com a Selic a 2%, a migração para os alternativos é um movimento natural e que vai aumentar muito”.
Atenção ao risco
Um dos aspectos que os especialistas fizeram questão de destacar é o alto risco dessa classe.
Por isso, ressaltaram que é importante que o investidor fique atento aos seguintes aspectos: gestor, safra de mercado e tese de investimento.
Clique aqui e conheça a nossa tese.
É possível mitigar esses riscos através da diversificação das safras e teses, além de um estudo minucioso dos gestores, buscando históricos de segurança e alta performance.
A regulação também é um ponto de atenção, pois os ativos possuem compliances diferentes entre si.
Por isso, Marina Prockner destacou a importância de buscar gestores que ofereçam padrões internacionais nas relações com o investidor.
Confira a apresentação na íntegra:
Fundos de Infraestrutura, Real Estate e Distress Asset: desafios e oportunidades
Para fechar o primeiro dia da XP Alternative Week, Amabile Rebeschini, analista de Fundos Alternativos da XP Investimentos, recebeu importantes convidados para falar sobre os desafios e oportunidades dos fundos de infraestrutura, real estate e distressed assets.
Quadro de especialistas:
A evolução dos FIIs
Pedro Carraz afirmou que considera os investimentos em fundos de infraestrutura e real estate como uma evolução natural dos fundos imobiliários (FIIs).
O crescimento e a consolidação dos FIIs aumenta a curiosidade dos investidores e os direciona aos ativos alternativos.
Nesse segmento o foco são as propriedades em estágio inicial, em uma realidade de mais rentabilidade, mas também de maior risco.
O investidor precisa estar atento ao ciclo imobiliário, que é afetado pelas inseguranças que o cenário brasileiro oferece.
Os fundos de infraestrutura, por sua vez, têm como diferencial sua maior abrangência e a possibilidade de investir em diversos estágios da operação.
Para Ralph Gustavo Rosenberg:
“Isso cria uma necessidade grande de entender onde você está investindo. Há uma preocupação muito grande com os dividendos, mas cada investimento tem uma taxa de retorno que é tão importante quanto esse dividendo”.
Special Situations
Para Meton Morais, as special situations se enquadram na tese do “bom e barato”.
“São empresas bem fundamentadas, com bom valuation, mas que, por algum motivo, passaram ou passam por uma complexidade financeira”.
O foco desse tipo de investimento é recuperar uma empresa em crise de liquidez, mas com alta possibilidade de se levantar.
Além de recuperações judiciais, entram nessa categoria leilões, questões societárias e dívidas. Dentro desse cenário, estudar e buscar o melhor gestor para seu perfil é parcela importante no processo de investimento.
Trata-se, portanto, de uma modalidade altamente especializada, que requer a atuação de uma equipe multidisciplinar capaz de avaliar os riscos envolvidos, bem como as potencialidades em termos de ativos descontados.
Setores fortes no pós-pandemia
Para os especialistas dois setores devem receber mais atenção dos fundos de infraestrutura e imobiliários: logística e residencial.
Pedro Carraz acredita que as deficiências da nossa infraestrutura nesses dois segmentos oferecerão excelentes oportunidades com o crescimento da demanda no pós-pandemia.
Ralph Gustavo Rosenberg concorda com Pedro no sentido de que a infraestrutura precisará de investimentos no Brasil.
O especialista também ressalta a relevância que as fontes de energia renovável terão em nossa matriz energética no futuro, com destaque para a geração de energia eólica e solar.
Confira o que rolou durante o painel na íntegra:
Leia também: Investimento em Energia: Geração Distribuída e Mercado Livre
Angel Investing & Venture Capital: o nascimento de uma empresa
No segundo dia da Alternative Week, tivemos apresentações com foco no segmento de venture capital e angel investing.
Participaram deste painel os seguintes especialistas:
Segmento promissor, mas ainda incipiente
Pedro Sirotsky Melzer iniciou destacando a alta qualidade de empreendedores e investidores no segmento de venture capital. Ressaltou, porém, que ainda falta informação para que a classe chegue a um público mais amplo.
Todos concordaram que, apesar de uma penetração pequena, o mercado de venture capital está avançando, principalmente com empresas de tecnologia e startups.
Eric Archer disse o seguinte:
“A globalização desses investimentos foi muito importante para o processo, pois, por algum tempo, ficamos presos somente no Vale do Silício. Com a expansão para outras regiões, como Israel e Reino Unido, identificamos um grande potencial para esse setor no Brasil”.
Romero Rodrigues fez observamos importantes sobre as empresas que receberão investimentos por aqui:
“Nós olhamos para o time que montou essa empresa, o mercado que ela planeja trabalhar e as necessidades dela nesse momento. Quanto maior a necessidade, mais abertura para investir e buscar o crescimento equivalente ao exterior”.
Nessa modalidade de operação, os investidores buscam um retorno entre 20% e 25% ao ano.
Entre os bons exemplos citados no painel estão os casos da 99 Taxi e do Buscapé.
Experiência e parceria do investimento é fundamental
Uma característica importante do venture capital é a participação do investidor na gestão da empresa.
Pedro Sirotsky Melzer afirma, no entanto, que o respeito com a gerência e a parceria é primordial nessa relação:
“Precisamos ser bons sócios, confiando na gestão, liderança e olhar desse empreendedor. Nossa participação entra no alinhamento das visões e contribuindo na contratação de profissionais, estratégias, sem que seja engessado. Nosso papel é ter poucas, mas muito boas contribuições“.
Romero lembro a importância de contar com a experiência dos investidores em seu caso:
“Lembrando do meu lado empreendedor, foi fundamental algumas polidas e ajudas que recebi dos meus investidores naquela época para nosso sucesso. Então, um bom investidor é aquele que sabe escutar e provocar com boas perguntas. Com isso, um bom empreendedor vai entender e visualizar um plano”.
Alta rentabilidade e pouca liquidez
Os especialistas ressaltaram que, nesse segmento, é importante ser seletivo na questão dos fundamentos.
Observando a realidade do ecossistema brasileiro, as operações estão centradas na abertura posterior de capital, dentro de um ciclo de 7 a 10 anos.
Eric Acher, no entanto, ressalta que a saída estratégica, a compra por grandes grupos e outras empresas também são uma opções viáveis dentro da realidade brasileira.
Confira o painel na íntegra:
IPO de empresas investidas por fundos de private equity: casos de sucesso e casos que não deram tão certo
Para encerrar o segundo dia da XP Alternative Week, Pedro Mesquita, Sócio da XP e Head de Investment Banking, mediou um debate sobre as IPOs de empresas que receberam investimentos de fundos de private equity.
O quadro de especialistas foi o seguinte:
Características dos fundos de private equity e venture capital
Diferentemente dos fundos de venture capital, mais focados no setor de tecnologia, os fundos de private equity abrangem uma variedade maior de setores.
A semelhança fica por conta da proximidade da gestão e tomadas de decisão, além da entrada em um estágio mais inicial da empresa. Isso é o que garante a rentabilidade acima do mercado de balcão.
Ricardo Leonel Scavazza, sócio e CIO da Pátria Investimentos, uma das mais experientes do setor, considera que é possível obter retornos na casa dos 30%, com foco na abertura de capital ou saída estratégica.
Exemplos de sucesso
Priscila Rodrigues citou como exemplos de sucesso os investimentos nas editoras Ática e Scipione, dos quais participou. A especialista destacou a mudança nas empresas que saíram da estrutura de editora para a criação de um sistema de educação. A rentabilidade após a consolidação da operação e a abertura de capital foi de 25%.
Bruno Zaremba, Head de Private Equity da Vinci Partners, relembrou a participação no Burger King, construído numa operação de parceria para expandir o número de franquias no Brasil.
Com 100 lojas no país no início da parceria, o trabalho resultou em uma média de abertura de 30 a 40 lojas por ano, alcançando 700 lojas após 6 anos, além da IPO na bolsa brasileira.
Wilson Rosa, por sua vez, lembrou as 53 empresas que vendeu em seu histórico, com destaque para o recente IPO das Lojas Quero-Quero.
Além da expansão do número de lojas, Wilson falou sobre investimentos em sistemas e estruturas focadas em um ciclo muito maior do que o previsto pelo fundo.
“Começamos com cerca de 1 mil pessoas e saímos com 6 mil, faturando 3 vezes mais e 4 vezes mais lojas. Nós investimos para crescer em qualquer circunstância e com essa estruturação de longo prazo, passamos por crises e alcançamos o nosso objetivo”.
Confira na íntegra tudo o que foi discutido durante o painel:
Investimento de Impacto & ESG: o retorno de um mundo melhor
Para abrir o último dia da XP Alternative Week, Marta Pinheiro, sócia e diretora de ESG da XP Inc, liderou um debate sobre investimentos de impacto no universo de Private Equity.
Conheça os especialistas que participaram da conversa:
Intenção clara
Daniel Izzo começou lembrando que os investimentos de impacto são diferentes dos fundos baseados em ESG e da filantropia:
“Investimentos de Impacto são aqueles feitos com a intenção de ter um retorno social, ambiental positivo e mensurável, aliado ao retorno financeiro, o que já difere da filantropia. Ou seja, o impacto é intencional e proativo, algo que nos Fundos ESG é mais sutil, ligado ao resultado indireto das empresas”.
Anibal Wahdi concordou com essa visão e fez questão de frisar:
“Impacto é foco. Nós procuramos o retorno financeiro, mas o foco é capitalizar tendências sociais, climáticas, sempre estudando o retorno à sociedade”.
Considerando o mercado brasileiro, repleto de oportunidades e desafios nessa área, os gestores indicam que é possível obter um retorno acima da média.
Bruna Constantino disse o seguinte;
“Buscar algo ético e responsável com certeza será mais competitivo e vai retornar. Então nos posicionamos em empresas que rentabilidade e impacto não estão dissociados”.
Processo de mudança
O modelo de venture capital focado num impacto social também foi abordado no painel.
Daniel Izzo destacou o desafio que é investir nessa modalidade, elencando como as principais dificuldades a qualidade de fundamentos em um mercado que ainda está se fortalecendo.
Bruna Constantino alertou para a necessidade de desenvolver métricas de impacto, para que as empresas continuem gerando ramificações positivas.
Anibal Wadhi também destacou que o ESG não deve ser tratado como uma classe e sim um processo, para que não vire uma “bolha” ou uma ferramenta de marketing.
“Daqui a 5 anos, não vai se falar em ESG. Isso será um padrão, então deve ser tratado como um processo para uma economia mais sustentável”.
Confira na íntegra tudo o que aconteceu durante o painel:
Private Equity: a alavanca de crescimento das empresas
Para encerrar com chave de ouro a XP Alternative Week, Ana Laura Magalhães, fundadora do canal Explica Ana, recebe Guilherme Benchimol e Jorge Paulo Lemann para falar sobre a indústria de private equity no Brasil e no mundo.
Conheça quem são os convidados:
Processo de mentoria
Jorge Paulo Lemann iniciou o painel comentando sobre a evolução do private equity no Brasil, ressaltando que ainda temos um longo caminho pela frente.
Guilherme Benchimol reforçou a palavra de Lemann e destacou a importância desse tipo de investimento para a evolução da XP Inc.
“É algo que te deixa mais inteligente, mais preparado e que faz com que o projeto seja ainda mais sólido. Toda empresa que deu certo tem um fundo que catapultou esse crescimento. Sócio bom te faz pergunta difícil e isso estimula muito o avanço”.
André Street comparou a relação do private equity à de um mentor.
“O Jorge Paulo foi um dos investidores no início da minha carreira e a experiência e credibilidade que ele acrescentou ao meu conhecimento foi muito importante. É mesmo uma mentoria. O private equity traz contatos, governança, estratégias que levam a um crescimento mais e mais rápido”.
Guilherme Benchimol acrescentou a cultura e a determinação são fatores essenciais na escolha do investimento, preservando as características e capacidades individuais.
Ao responder uma pergunta do público, Jorge Paulo Lemann apontou alguns fatores importantes para evitar investimentos que retornem negativamente.
“Quanto mais você conhece a empresa e o investimento, melhor é a relação. Então precisamos escolher bem, avaliar bem, para que você invista em quem tem capacidade para tocar o que é proposto”.
Para o empresário, o retorno financeiro está ligado a essa escolha não somente para ter rentabilidade positiva, mas para que o
Veja como foi esse painel de encerramento na íntegra:
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