Os fundos estruturados, também conhecidos como fundos alternativos, são uma das modalidades de investimento coletivo que mais crescem no Brasil.
Extremamente comuns na carteira de grandes investidores, os fundos estruturados abrangem uma variedade ativos, desde imóveis até crédito inadimplente de financeiras e participação em startups.
Para se ter uma ideia do tamanho desse mercado, o patrimônio gerido pelos fundos estruturados pode atingir R$ 1 trilhão nos próximos 3 anos.
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A Bloxs preparou um material especial para você que quer saber mais sobre os fundos estruturados e como investir na economia real.
Mas, antes, vamos explicar melhor o que são fundos de investimento e quais são suas principais características.
O que são fundos de investimento?
Os fundos nada mais são do que contratos de investimento coletivo, cujo objetivo é rentabilizar o capital dos cotistas através da perícia e do esforço do seu administrador. Cada fundo tem uma finalidade própria e um perfil de risco específico.
Através dessa modalidade de investimento, é possível aplicar em ativos como títulos de renda fixa, ações, câmbio, previdência, papéis multimercado etc.
Assim, ao adquirir cotas de um fundo, o investidor confia seus recursos a uma pessoa jurídica responsável por gerir esse patrimônio, buscando opções de investimento e taxas de retorno previstas em seu prospecto.
Dentro desse universo estão os fundos estruturados, que possuem regras específicas.
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Quais são as regras dos fundos estruturados?
Os fundos de investimento estruturados devem cumprir as instruções CVM 356, 398, 444, 472, 578, 579, entre outras, de acordo com sua finalidade.
Os principais fundos estruturados são:
- Fundos de Investimento Imobiliário – FII
- Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC e FIDC-NP
- Fundos de Investimento em Participações – FIP
- Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional – FUNCINE.
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Características dos fundos estruturados
Os fundos estruturados não estão focados em “papéis”, como se diz no mercado financeiro, e sim em ativos da economia real.
Por isso mesmo, sua liquidez é menor, em razão das especificidades de cada investimento.
Os fundos focados em participações, por exemplo, buscam investir em empresas promissoras para lucrar com uma potencial venda no futuro.
Para isso, participam ativamente da sua gestão, fazendo inclusive sugestões de eficiência e estratégias de atuação.
É possível perceber, portanto, que estamos falando de um prazo de investimento mais alongado, daí porque seu acesso muitas vezes se restringir a grandes investidores.
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Outro exemplo são os fundos imobiliários, extremamente populares nos últimos anos.
Muitos FIIs estão focados em adquirir ou construir propriedades com alto potencial de geração de receita através de bons contratos de aluguéis.
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As estratégicas de atuação nesse mercado são bastante variadas. Já escrevemos um artigo específico falando sobre as empresas de real estate e como elas fazem para lucrar com imóveis.
Leia mais: Melhores estratégias para lucrar com imóveis
Já os fundos de investimento em direitos creditórios acabaram perdendo atratividade durante a crise devido ao aumento da inadimplência e da aprovação de leis que “incentivam” o calote na pandemia.
Essa situação, no entanto, abriu espaço para o crescimento dos fundos focados em distressed assets, ou seja, no resgate de boas empresas em dificuldade financeira.
Por que os fundos estruturados estão crescendo tanto?
De acordo com dados da Ambima, o patrimônio sob gestão de fundos estruturados, como FIIs, DFICs e FIPs, soma hoje R$ 631 bilhões, uma alta de 15,4% em relação a 2019.
A principal razão para o forte crescimento dos fundos alternativos é a queda da taxa básica de juros.
A Selic baixa serve de alavanca para os fundos em geral. Mas os fundos estruturados, especificamente, são os que mais estão crescendo, pois concentram os investidores de alta renda.
Como os investimentos tradicionais estão rendendo pouco e o mercado financeiro está extremamente volátil por causa da crise política, econômica e sanitária que estamos vivendo, a economia real acabou se tornando uma “válvula de escape” para quem deseja ter uma rentabilidade maior.
Uma característica que beneficia os fundos estruturados é sua baixa volatilidade.
Isso faz com que os fundos alternativos sejam uma excelente maneira de proteger carteiras de investimento e obter ganhos mais robustos no longo prazo.
Além disso, a baixa taxa de juros está obrigando os gestores de fundos tradicionais a buscar alternativas para atingir suas metas de rendimento (atuariais).
Em entrevista ao Valor Econômico, Danilo Barbieri, diretor da administradora fiduciária de fundos BRL Trust, explicou o seguinte:
“Os fundos de pensão e previdência, para fazer frente às metas atuariais, terão que buscar maior diversificação, não só nos ativos alternativos, como FIPs, voltados para o longo prazo, mas também no mercado de ações”
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Investimentos alternativos ao alcance do investidor comum
Como vimos, a maior parte dos fundos estruturados está restrita aos investidores de alta renda, family offices e institucionais.
No entanto, a partir da instrução normativa 588 da CVM, os investidores comuns passaram a ter acesso a ativos de alta qualidade na economia real através do chamado crowdfunding.
Segundo Leonardo Pereira, presidente da CVM:
“O crowdfunding é uma alternativa inovadora para o financiamento de empreendedores. A CVM considera que a segurança jurídica trazida pela norma 588 pode alavancar a criação de novos negócios de sucesso no país, permitindo a captação de recursos de modo ágil, simplificado e com amplo alcance a investidores por meio do uso da internet.”
Esse tipo de investimento coletivo permite que empresas e empreendimentos em fase inicial possam financiar seus projetos por meio de uma capitalização de baixo custo, com pouca burocracia e de forma totalmente digital através de plataformas de investimento habilitadas.
A Bloxs é uma das plataformas autorizadas e fiscalizadas pela CVM para fazer captações na modalidade crowdfunding.
Na outra ponta, os investidores podem garantir uma rentabilidade muito maior do que a oferecida pelos produtos tradicionais de renda fixa.
Para se ter uma ideia, em uma captação recente no mercado de entretenimento, a Bloxs já levantou R$ R$ 400.000,00 para financiar o projeto Bracon Ipiranga.
Até o momento, 29 investidores poderão ter uma rentabilidade-alvo de 12.68% ao ano. O prazo da operação é de 24 meses, e os pagamentos serão semestrais, na modalidade dívida.
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