A recente turbulência global levou muitos a fazer investimento em arte como ativos reais de parte da alocação da sua carteira. Os ativos reais, ou por vezes designados por ativos corpóreos ou investimentos alternativos, incluem os ligados a ativos físicos: terrenos, bens imobiliários, recursos naturais, mercadorias, metais preciosos, entre outros.
Muitas classes de ativos reais são hoje acessíveis aos investidores através de uma grande variedade de produtos financeiros. Existem novas empresas que disponibilizam os investimentos alternativos, por meio das plataformas eletrônicas.
Entre os ativos, o ouro é o exemplo clássico de um bem real. Ele é frequentemente considerado como um ativo “porto seguro” em épocas de turbulência do mercado. Recentemente foi referenciado como “a moeda de último recurso” pela Goldman Sachs.
Um ativo valioso, porém ainda ausente na carteira de muitos investidores, é a arte. Ela é igualmente um ativo real que tende a comportar-se de forma diferente de qualquer outro bem do ponto de vista do investimento.
A arte é um ativo físico, tangível, que é globalmente transportável, comercializável e que pode ser transacionada em qualquer moeda. Não há melhor ambiente de mercado, do que a situação atual, para ilustrar o valor da arte como investimento alternativo.
Estima-se que existe um valor de 1,7 trilhões de dólares em mãos privadas a nível mundial em arte, sendo que 70 bilhões de dólares mudam de mãos todos os anos. Até pouco tempo, o acesso dos investidores era limitado à propriedade física.
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Como acessar este ativo?
Performance do investimento em arte
O desempenho dos ativos reflete, geralmente, a valorização do capital investido ao longo do tempo e não um rendimento esperado ou um fluxo de dividendos.
Os tipos de investimentos alternativos são sensíveis a diferentes oscilações da economia. O ouro tende a ser uma cobertura contra alterações na inflação. As commodities (como bens agrícolas e petróleo) tendem a refletir a perspectiva de produção. Por exemplo, aumento do setor de transportes que irá interferir no consumo do petróleo.
Do outro lado, a arte é um bem escasso cujo valor tende a refletir a capacidade de compra dos indivíduos com alto poder aquisitivo. Como resultado, a arte se torna menos sensível aos fatores econômicos.
Nos últimos 20 anos, a arte (medida pelo Índice Masterworks Post-War e Contemporary) apreciou-se 8,7% anualmente, com um crescimento consistente ao longo do período. O único declínio significativo foi o que ocorreu durante a crise financeira de 2008, no entanto, houve uma rápida recuperação.
O ouro teve um rendimento anual de 8,6% ao longo dos últimos 20 anos, no entanto, o seu desempenho intermediário foi muito mais sensível às oscilações da inflação.
Com a última crise financeira, o desempenho do ouro sofreu comparativamente a outros investimentos alternativos, porém, o retorno dos ativos em arte continuou a subir.
A arte parece se comportar de forma semelhante aos investimentos imobiliários; proporcionando um retorno de quase 2 vezes a mais, ao longo de 20 anos. Embora o ativo imobiliário esteja entre o mais comercializável investimento alternativo do mundo, a arte tem a vantagem exclusiva de ser facilmente transportável (e, portanto, comercializável em qualquer parte do mundo). Ela é neutra em relação à moeda (pode ser transacionada em qualquer país), o que aumenta consideravelmente as oportunidades de liquidez.
Correlação
Há baixa correlação entre a arte e outros ativos. A correlação mede como dois ativos se relacionam em um mesmo ambiente (ou situação). Por exemplo, se o índice for 1 movem-se exatamente da mesma forma. Se for -1 movem-se em direções opostas e se for 0 os seus movimentos não estão ligados.
Em relação ao ouro, o fator de correlação para a arte é 0,03, o que implica dizer que são praticamente alheios uns aos outros. Enquanto em relação ao ativo imobiliário, há uma maior correlação. O fator é de 0.31, apoiando o argumento de que a arte é tão alavanca quanto o imobiliário.
Isto significa dizer que enquanto o ativo imobiliário estiver em alta, a arte também estará. O inverso também é verdadeiro.
A baixa correlação tem como vantagem principal a capacidade de reduzir a volatilidade de uma carteira diversificada. Acrescentar arte como incremento perante outros ativos reais ajuda a alcançar este benefício crítico, particularmente no atual ambiente econômico.
Perspectivas durante o COVID
Em meio à atual crise da COVID-19, esperamos que os ativos reais, em particular o ouro, ganhem um interesse significativo dos investidores, agora que as taxas de juros caíram (mais uma vez) para mínimos históricos.
Acreditamos que a arte merece uma consideração essencial por parte dos investidores. A decisão é tomada com base na valoração ao longo dos anos, que é positiva, e a baixa correlação com as crises financeiras.
Muitos investidores têm procurado investir em arte, especialmente, para se proteger da carnificina dos mercados de ações e do rendimento fixo. Como resultado, esperamos que os investidores estejam bem posicionados a longo prazo.
Fonte: Masterworks (texto traduzido do inglês)
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