O investimento em private equity e venture capital no Brasil teve um salto espetacular nos primeiros meses deste ano, mostrando a força dos investimentos alternativos no país.
Dados do portal InfoMoney indicam que os investimentos diretos em empresas brasileiras de capital fechado e em fase de crescimento somaram R$ 10,71 bilhões no 1º tri de 2021.
É um avanço de 88% em relação ao mesmo período do ano passado, que já vinha de excelentes números.
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Esses números evidenciam o amadurecimento da indústria de capital de risco no Brasil e ressaltam a importância de projetos que solucionem problemas complexos de forma inovadora e disruptiva.
Para entender melhor esse sólido crescimento do private equity e do venture capital no Brasil, elaboramos um artigo detalhado sobre os seguintes tópicos:
Onda de aquisições de startups aquece mercado de private equity e venture capital
O cenário desafiador gerado pela pandemia acirrou a busca de grandes fundos por empresas capazes de revolucionar seus segmentos através da tecnologia e inovação.
O mesmo movimento tem ocorrido entre players já consolidados em vários mercados, que querem ampliar sua vantagem competitiva incorporando startups que agreguem valor aos seus serviços.
Vimos isso acontecer com o Magazine Luiza recentemente, que anunciou a compra de duas startups para agilizar sua atuação no setor de delivery de comida.
No mercado financeiro, o BTG é quem tem sido mais agressivo em suas aquisições de fintechs, após fortalecer seu caixa com R$ 2,5 bilhões em ofertas subsequentes de ações.
Essas iniciativas mostram que o investimento em empresas com alto potencial de crescimento está longe de ser um mercado coadjuvante e deve continuar ocupando as manchetes dos meios especializados nos próximos anos.
Consolidação do capital de risco no Brasil
Os grandes responsáveis por impulsionar o crescimento de empresas promissoras são os fundos especializados em private equity (PE) e venture capital (VE).
Essas operações envolvem o investimento direto em boas empresas que não estão listadas em bolsa ou estão em seus estágios iniciais de crescimento.
Segundo Felipe Souto, CEO da Bloxs, plataforma de investimentos alternativos:
Private Equity é um modelo de investimento alternativo no qual é designado um fundo para angariar participação em empresas que já estão desenvolvidas ou em fase de acelerada expansão.
Já no caso do venture capital, o foco é entrar nas primeiras fases de desenvolvimento de startups para alavancar seu crescimento buscando uma venda futura a um grande player ou até mesmo uma saída estratégia via abertura de capital.
Nas palavras de Roberto Haddad, sócio-líder de private equity e venture capital da KPMG no Brasil:
O crescimento do capital de risco no Brasil é um reflexo do amadurecimento da indústria e da quantidade significativa de grandes empreendedores que inovam, se arriscam e criam ótimos negócios para a economia e estão entre os melhores e mais arrojados do mundo.
O Brasil é o terceiro maior mercado desse tipo de investimento nas Américas, atrás apenas de EUA e Canadá, com um volume médio de mais de R$ 15 bilhões ao ano.
Somente em venture capital, nosso país recebeu aportes de US$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre de 2021, incluindo uma captação de US$ 530 milhões e outra captação de US$ 425 milhões.
Esses fluxos estão sendo direcionados principalmente a empresas de tecnologia que geram ganhos de produtividade através da digitalização e facilitam o acesso de consumidores e empreendedores a serviços virtuais em áreas como:
- Saúde;
- Educação;
- Serviços financeiros;
- Transporte;
- Varejo.
A pandemia de fato aumentou o interesse não apenas por compras digitais, mas por startups como negócio e como investimento.
Private Equity e Venture capital em números
Em todo o mundo, o investimento em capital de risco foi de US$ 125 bilhões no 1º tri de 2021.
É uma alta trimestral de 50% e um salto de 94% em bases anuais.
Foi um recorde de funding para startups – a primeira vez em que a captação global bateu a marca de US$ 100 bilhões em um trimestre, segundo o InfoMoney.
O portal explica ainda que os investimentos em venture capital e private equity atingiram cerca de US$ 2 bilhões no período.
Em moeda local, foi uma alta de 88% sobre os R$ 5,7 bilhões do primeiro trimestre de 2020.
A plataforma de inovação aberta Distrito fez a separação por estágio de investimento, considerando captações de US$ 1,91 bilhão no período:
- Investimento-anjo: US$ 2,5 milhões;
- Aporte pré-semente: US$ 6 milhões;
- Aporte semente: US$ 42,7 milhões;
- Série A: US$ 140 milhões em série A;
- Série B em diante: US$ 1,6 bilhão.
Na divisão por setores, temos o seguinte:
- Serviços financeiros: US$ 425,9 milhões;
- Mercado imobiliário: US$ 222,5 milhões;
- Varejo: US$ 295,7 milhões;
- Educação: US$ 222,5 milhões;
- Logística: US$ 214,6 milhões.
Fundos de PE e VC superam retorno médio de ativos líquidos
Um relatório da Abvcap mostra que 98% dos fundos de private equity e venture capital que investiram em empresas brasileiras nos últimos anos superaram em média o desempenho de ativos líquidos, como Ibovespa, índice MSCI Emerging Markets e o CDI.
Segundo o estudo:
Os fundos brasileiros geraram retornos médios duas vezes superiores a investimentos similares no Ibovespa, 1,9 vezes investimentos equivalentes em MSCI EM e mais de 2,6 vezes investimentos equivalentes em CDI, indicando um sinal positivo para o perfil de resultado da indústria.
Confira no gráfico abaixo mais sobre essa comparação:
Por tudo isso, é inegável que os investimentos alternativos continuarão ganhando espaço na carteira dos investidores, principalmente após regulamentação do crowfunding pela CVM, porta de acesso de pequenos investidores a esse tipo de operação.
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