O IPO permite que empresas captem recursos emitindo ações na bolsa de valores, sem a obrigação de pagar juros periodicamente ou amortizar o principal.
Com a abertura de capital, as companhias passam a ser listadas e devem cumprir obrigações legais, como transparência, governança, controles internos e muitas outras exigências que vão além da Lei das S.A.
Apesar dos seus benefícios, a oferta inicial de ações é um processo extremamente caro, pois envolve a contratação de bancos de investimento, escritórios de advocacia, auditores, consultores, entre outros agentes de mercado.
Esses custos extremamente elevados fazem as companhias interessadas em saber como abrir seu capital a se questionar se vale a pena passar por todo esse processo, a fim de captar recursos e aproveitar melhor as oportunidades do mercado.
Uma das maneiras mais rápidas, acessíveis e práticas de levantar recursos com a entrada de novos investidores é o crowdfunding, modalidade de investimento participativo regulamentada pela Comissão de Valores de Mercado (CMV), ideal para empresas que querem financiar seus projetos de forma segura e sem burocracia.
Saiba agora como sua empresa pode crescer através de captações de crowdfunding e conheça essa alternativa extremamente vantajosa ao IPO tradicional na bolsa de valores.
O que é IPO de uma empresa?
O IPO é a sigla em inglês para Initial Public Offering, processo de abertura de capital conhecido como oferta pública inicial ou oferta pública de ações no Brasil.
Esse evento marca a primeira emissão de ações de uma empresa e, posteriormente, o início da negociação dos papéis em uma bolsa de valores. Isso pode ser feito através de uma distribuição primária, secundária ou uma combinação das duas.
Sem dúvida, a abertura de capital é um grande passo para o crescimento e a perpetuação dos negócios de uma empresa, pois lhes permite:
- Melhorar sua estrutura de capital;
- Diversificar suas fontes de recursos;
- Aproveitar maiores oportunidades de mercado;
- Amadurecer com a entrada de novos acionistas;
- Acessar o mercado de dívida corporativa (emissão de debêntures);
- Ganhar projeção nacional e até mesmo internacional no mercado financeiro.
No entanto, o processo exige grandes mudanças na estrutura e cultura organizacional de uma empresa, como:
- Adoção de rígidos controles internos e melhores práticas corporativas;
- Medidas de transparência, governança e compliance;
- Desenvolvimento de novas competências de gestores e colaboradores;
- Estruturação de novos departamentos, inclusive para comunicação com investidores e o mercado.
Saiba mais sobre o que é IPO no vídeo a seguir de Tiago Reis, um dos maiores especialistas em mercado financeiro no Brasil:
Quanto custa um IPO?
Abertura de capital está longe de ser um processo simples e barato, na medida em que envolve elevadas despesas com bancos de investimentos, auditores, consultores, escritórios de advocacia, bolsa de valores, CVM e muito mais.
Para se ter uma ideia de quanto custa um IPO na bolsa de valores, a B3 encomendou um estudo com a Deloitte, que fez uma análise das ofertas de ações no país entre 2004 e 2020.
O estudo mostrou que o custo da abertura de capital, considerando a distribuição, comissões e despesas para atender à instrução CVM 400, pode ultrapassar a marca de centenas de milhões de reais. É preciso considerar ainda os custos permanentes para a manutenção de uma empresa com capital aberto no Brasil, o que também não é barato.
Segundo Fernando Augusto, sócio-líder de Mercado de Capitais da Deloitte:
Após abrirem seu capital, as companhias passam a fazer parte de um grupo de empresas que precisam seguir princípios rígidos de governança, compliance e transparência para dar respostas adequadas a um mercado regulado e, especialmente, aos acionistas.
Isso explica por que pouquíssimas empresas decidiram abrir seu capital no Brasil nos últimos anos. Confira na imagem a seguir a evolução do número de empresas que decidiram fazer ofertas primárias de ações na B3 desde 2004:
Ainda segundo a Deloitte, o percentual de custos é mais bem diluído em ofertas maiores. Para captações de menor valor, as despesas de abertura e manutenção tendem a aumentar.
A média do percentual dos custos com ofertas públicas em relação ao valor distribuído é de 4,9% para IPOs, de 3,4% para follow-ons e de 3,5% para follow-ons de acordo com a Instrução CVM 476.
O que uma empresa precisa para fazer um IPO?
Muitos empreendedores se perguntam como abrir o capital da sua empresa no Brasil via IPO. A verdade é que depende do perfil de cada companhia, bem como do seu estágio de maturidade e da sua estratégia organizacional.
De acordo com a B3, para realizar a oferta, a empresa precisa obter o registro categoria A de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais.
Além disso, precisa aderir a um dos segmentos de listagem da B3, devendo ainda avaliar seu nível de governança, pois, para cada nível, existe uma regra específica que proporciona benefícios e custos diferentes para a companhia.
Normalmente, em razão dos custos extremamente elevados, a abertura de capital é vantajosa apenas para empresas de grande porte, capazes de atrair a atenção do mercado e fazer ofertas de dezenas de bilhões de reais.
Caso contrário, existem outras alternativas muito mais atraentes para acessar o mercado de capitais, como o crowdfunding, ideal para empresas de pequeno e médio porte, que não querem captar recursos pelas linhas tradicionais de crédito.
Leia também: Investidor anjo: saiba o que é e como levantar capital para sua empresa
Crowdfunding: alternativa mais vantajosa para empresas que querem captar recursos
Todo empreendedor sabe como é complexo, caro e burocrático conseguir recursos para crescer através do sistema tradicional de crédito.
E as empresas maiores, com modelos de negócios mais consolidados e foco estratégico em expansão, sabem que o caminho da abertura de capital é para poucos e pode até mesmo ser improdutivo no longo prazo.
O que muitas companhias não sabem é que elas podem realizar captações no mercado de capitais de forma muito mais simples, realizando ofertas na modalidade crowdfunding.
Com o crowdfunding, as empresas podem realizar “mini-IPOs” ou até emitir “minidebêntures”, em ofertas de equity ou dívida, de acordo com a instrução 588 da CVM. Todo o processo é muito simples, rápido e conta com o apoio de uma plataformas autorizadas, como a Bloxs. Entenda melhor como funciona no vídeo abaixo:
O que dizem os ofertantes que já captaram recursos via crowdfunding?
A Bloxs é a plataforma líder em crowdfunding no Brasil e já captou mais de R$80 milhões em 45 ofertas de grande sucesso em áreas como:
Entre as captações de maior sucesso na plataforma está o projeto TMX II que, em poucas horas, levantou R$ 5 milhões com a entrada de mais de 400 investidores. Confira o que Marcus Dinelli, diretor operacional da TMX Energia, tem a dizer sobre sua experiência de captação com a Bloxs:
Como fazer sua captação na Bloxs?
Se a sua empresa também quer acessar o mercado de capitais e crescer com a entrada de novos investidores, não pode deixar de conhecer a Bloxs e saber como funciona o passo a passo para captar recursos via crowdfunding.
Em um mercado totalmente regulado pela CVM, cada proposta passa por um rigoroso processo de avaliação baseado em três fatores:
- Análise financeira da empresa;
- Viabilidade econômica do projeto;
- Rentabilidade e garantias oferecidas ao investidor.
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