Os grandes bancos estão acabando. Quer dizer, quase. Mas, calma. Isso não significa que você precise retirar todo o seu dinheiro da conta corrente e guardar tudo embaixo do colchão.
Pelo contrário.
Instituições consagradas do sistema financeiro nacional não vão desaparecer de repente. Mas, com a chegada de um novo concorrente, elas terão de se esforçar ainda mais para reter os clientes atuais e conquistar outros, já que as pessoas estão cansadas do tratamento atual, e vem mudando dia a dia o seu perfil como consumidor.
Como se sabe, os grandes bancos não empregam grandes esforços para fidelizar seus clientes, já que sabem que todos nós precisamos de uma conta bancária, seja para fazer depósitos ou mesmo pagar contas ou receber nosso salário.
Por isso, essas instituições costumam se dar ao luxo de cobrar altas tarifas de seus correntistas, sem oferecer serviços de qualidade a eles ou mesmo facilitar quando surge algum problema.
Com esse cenário delicado, um novo ator vem ganhando força e roubando os clientes dos grandes bancos: as fintechs. Você sabe do que estamos falando e porque esse tipo de empresa tem tirado o sonho dos banqueiros tradicionais?
Não? Então acompanhe esse texto. Vamos explicar todo esse cenário e como você pode ganhar com a chegada da fintechs e o receio dos grandes bancos de perder espaço.
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O que é uma fintech?
Embora o conceito possa parecer complicado para algumas pessoas, na verdade se trata de algo muito simples: uma fintech nada mais é do que uma empresa que presta serviços financeiros usando tecnologia em todos os seus pontos.
Isso significa que boa parte de seu funcionamento e contato com seus clientes será feito de forma tecnológica, ao contrário das empresas tradicionais, onde muitos processos ocorrem fisicamente.
Além de fortemente calcadas na tecnologia, as fintechs são startups, ou seja, empresas de tecnologia que estão nascendo, mas que já tem um potencial enorme de crescimento, e estão focadas no desenvolvimento de produtos ou serviços financeiros. Como os bancos tradicionais.
Mas, ao contrário dos bancos a que estamos acostumados, as fintechs nascem exatamente para solucionar problemas e acabar com a burocracia a que estamos acostumados, mostrando como tudo funciona de forma prática.
Aliás, por ser mais prática, menos burocrática e bastante inovadora, as fintechs estão ganhando cada vez mais espaço, inclusive “roubando” os clientes dos bancos tradicionais, que precisam se reinventar constantemente para não perder o bonde da história e ver seus clientes minguarem.
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Como fintechs e bancos tradicionais se relacionam?
Agora que você compreende exatamente o que são bancos e fintechs, deve estar se perguntando: afinal, qual a relação entre esses dois? Eles prestam o mesmo serviço ou são equivalentes?A resposta é sim e não. Embora bancos e fintechs acabem sendo concorrentes, de certa forma, essas duas empresas são capazes de coexistir no mesmo ambiente, prestando serviço para os consumidores.
Isso porque, embora sejam mais eficientes do que os grandes bancos, as fintechs ainda não tem a força necessária para acabar com estas instituições, tomando o seu lugar e assumindo os serviços prestados por eles.
Além disso, os grandes bancos estão atentos a esse novo cenário, e tem buscado se preparar exatamente para enfrentar e vencer a concorrência desses novos atores, oferecendo serviços melhores a seus clientes e fortalecendo a impressão positiva que a experiência de atendimento pode ter para seus correntistas.
Outra inovação que os grandes bancos têm adotado para se firmar ante as fintechs é apostar todas as suas fichas na migração para serviços online, com o desenvolvimento de aplicativos e desenvolvimento de programas de inovação que atraem fintechs para perto e que em algum momento podem ser investidas pelo banco. Esse, alias, é o propósito do CUBOS, do Itau e do Habitat do Bradesco.
Observem que uma fintech nada mais pe do que um banco em fatias. Como numa pizza com vários sabores, as startups preenchem os diferentes segmentos de atuação dos bancos. Observem no gráfico abaixo um panorama deste ecossistema no Brasil.
Com essa constatação, temos percebido que, para os consumidores, o cenário que se desenha é extremamente favorável, já que os dois atores (bancos e fintechs) vem trabalhando para melhorar a relação com seus clientes e oferecer soluções cada vez mais inovadoras.
Porque a chegada das fintechs é positiva?
Quando você pensa em grandes bancos, o que vem à sua mente? Filas? Tarifas caras? Serviços ruins? Em geral, essa é a primeira grande impressão que se tem quando se pensa nos grandes bancos.
Já com as fintechs, a sensação é exatamente a oposta: resolução de problemas em ambiente totalmente online, atendimento feito em poucos minutos, na ponta dos dedos, e uma gama de serviços oferecidos via celular.
Além disso, uma fintech já nasceu exatamente para facilitar a vida dos clientes. A oferta de todos os serviços online, a cobrança de taxas mais vantajosas do que a dos bancos tradicionais e uma gama de oportunidades torna o dia a dia de seus clientes muito mais simples.
Isso porque as fintechs permitem não apenas que você abra sua conta por um computador ou celular, como também oferecem plataformas de administração financeira, permitindo que você monte todo o seu orçamento e defina quais suas prioridades em relação ao dinheiro que pretendem movimentar ou investir.
Eliminando a necessidades de filas e permitindo que os correntistas resolvam todos os problemas sem precisar sair de casa torna as fintechs concorrentes de peso aos bancos, com economia e enorme qualidade, tanto de atendimento quanto de vida, afinal de contas quem gosta de perder tempo em uma fila, não é mesmo?
Quer mais uma razão para o surgimento das fintechs ser benéfico para os clientes? Concorrência. Mesmo que não sejam capazes de aniquilar os grandes bancos, as fintechs movimentaram o cenário, criando uma grande concorrência.
Como as pessoas estão buscando novas soluções e são atraídas pelo uso da tecnologia e por tarifas mais baixas, cabe aos grandes bancos desenvolver soluções e serviços que atraiam novamente esse consumidor insatisfeito.
Então, com essa concorrência mais elevada, os consumidores saem ganhando, já que tem mais serviços à sua disposição, e podem escolher quem os agrada, dando preferência à fintechs que montem serviços customizados.
Aos grandes bancos, cabe o desafio de mostrar que entendem a busca dos clientes por mais eficiência e menos taxas, criando serviços intuitivos, simples, e que não custem tão caro quanto estávamos acostumados a pagar anteriormente.
No próximo artigo desta série preliminar sobre fintechs, vamos abordar o tema das Contas Digitais e variados tipos de conta que existem e são oferecidas atualmente. Até lá.
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