O melhor de tudo é que o processo geralmente envolve custos menores e melhores condições de pagamento do que as linhas tradicionais de crédito.
Cada vez mais empresas de pequeno e médio porte descobrem os benefícios do mercado de capitais para financiar seus projetos e reestruturar suas dívidas com a entrada de novos investidores em seus negócios.
Essa é uma das constatações feitas por uma matéria recente do Valor Econômico, que ouviu especialistas e aponta outros benefícios desse movimento, como a maior visibilidade das companhias e a melhora na governança.
Mas o acesso ao mercado de capitais também traz novos desafios, como a exigência de uma gestão de excelência e estruturas sólidas de transparência.
Com o início do ciclo de queda da Selic, é natural que os investidores fiquem mais receptivos a teses de crescimento capazes de entregar retornos maiores, em um ambiente de menor restrição financeira.
Por isso, é fundamental contar com parceiros que auxiliem nas captações, através de soluções que vão desde a estruturação das operações até sua distribuição no mercado.
Neste artigo, vamos entender melhor o cenário de captação mais favorável para pequenas e médias empresas no mercado de capitais e como é possível fazer o mesmo com o apoio de uma plataforma completa pensada para as necessidades financeiras do small/middle market.
Confira a seguir os tópicos que vamos abordar a partir de agora:
Alto custo do crédito tradicional leva empresas ao mercado de capitais
O mercado de crédito viveu uma crise recentemente, diante de eventos que acabaram aumentando a seletividade dos bancos e restringindo o acesso a empréstimos e financiamentos, como o escândalo das Americanas e a recuperação judicial da Light.
O forte aumento da taxa de juros pelo Banco Central elevou não apenas o custo do crédito, mas também as dificuldades das empresas e consumidores em arcar com os altos custos do financiamento tradicional.
O resultado foi que, nos últimos meses, essa restrição financeira começou a bater mais forte no segmento empresarial, afetando diversas linhas importantes de crédito corporativo, como o desconto de duplicatas.
Tudo isso acabou afetando o estoque de crédito, isto é, o montante de concessões fornecidas por instituições financeiras, que vem em trajetória de queda desde meados do ano passado, assim como o crescimento da carteira dos bancos, cujo ritmo de desaceleração tem aumentado drasticamente.
Como explica Marcio Paiva, Head de Originação da Bloxs, um ecossistema de soluções de acesso ao mercado de capitais para pequenas e médias empresas que buscam novos investidores para alavancar seu crescimento:
O impacto dessa redução do crédito foi sentido mais intensamente na modalidade de crédito livre para pessoas jurídicas, que registrou um recuo em itens não sazonais, como o capital de giro. O custo elevado desse tipo de crédito acaba afastando os empresários, que buscam alternativas para uma gestão financeira mais eficiente das suas operações, como é o caso das captações no mercado de capitais.
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Mercado de capitais não é apenas para “big players”
Marcio esclarece que existe um mito de que o mercado de capitais é receptivo apenas a grandes empresas com maior visibilidade e capacidade de atração de investidores.
Prova disso é que o número de pequenas e médias empresas de capital fechado fazendo emissões apresenta um ritmo constante de crescimento há bastante tempo.
Quem corrobora com essa visão é Ricardo Lacerda, sócio-fundador do banco de investimento BR Partners, em entrevista ao Valor Econômico:
O mercado de capitais está mais aberto para as empresas menores, que têm mais dificuldade de acessar o crédito bancário. Há uma demanda maior por ativos de maior risco e retorno, e as empresas estão aproveitando essa janela de oportunidade para se financiar a custos mais baixos e com prazos mais longos.
Outros especialistas apontam que as empresas menores estão buscando o mercado de capitais, devido ao crédito bancário mais caro e restrito, diante da eclosão de crises empresariais de grande visibilidade, como o caso das Americanas e da Light.
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Queda de juros melhora ambiente de captações
Outro fator que tem contribuído para o interesse maior por emissões de títulos, como CRIs/CRAs, debêntures e notas comerciais, é o início do ciclo de queda de juros, após o banco central cortar a taxa Selic em 0,50% e abrir a porta para novos cortes em sua última reunião de política monetária.
Como bem afirma Marcio Paiva, da Bloxs:
O que o empresário precisa ter em mente é que o mercado de capitais pode ser uma fonte recorrente de captações para os seus projetos, desde que, obviamente, a companhia tenha uma gestão de qualidade e invista em uma boa estrutura de transparência e governança, aspectos indispensáveis para o sucesso de qualquer emissão no mercado de capitais.
Marcio comenta ainda que o acesso ao mercado de capitais aumenta a visibilidade das empresas e permite diversificar as fontes de financiamento, reduzindo a dependência ao crédito bancário caro e restrito.
A alta concentração do crédito bancário faz com que as instituições financeiras fiquem mais seletivas e abertas aos chamados “big deals”, ou seja, aquelas operações maiores envolvendo empresas de grande porte já estabelecidas. Isso aumenta os desafios das pequenas e médias empresas, que precisam ter uma atenção maior com o compliance e a regulação.
De fato, como aponta uma matéria do Valor Econômico, a emissão de títulos no mercado de capitais não vem isenta de desafios. Geralmente, essas operações estabelecem um prazo para que as empresas melhorem suas práticas de governança, com a contratação de auditorias e apresentação de relatórios gerenciais periódicos:
Essas operações estabelecem que a empresa tem de 12 a 24 meses para melhorar sua governança, sob pena de multa e aumento de juros, por exemplo, em caso de descumprimento. As exigências abrangem a conversão de limitada para S.A. de capital fechado ou aberto, troca para auditoria de médio ou grande porte e obrigação de relatórios gerenciais periódicos, além dos balanços auditados. A adequação pode custar entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão ao ano, dependendo do porte e da complexidade do negócio.
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Sinais de retomada
Após um dos mais agressivos movimentos de aperto monetário dos últimos anos, as captações de empresas no mercado de capitais registraram forte desaceleração em relação ao pico histórico alcançado em 2021, de R$ 610,4 bilhões.
No ano passado, houve um recuo de 11% no volume total de captações de renda fixa e variável, totalizando R$ 564,9 bilhões, com destaque para a queda na emissão de ações, que registrou um declínio de 46%, para R$ 72,8 bilhões, segundo dados da Anbima.
Essa desaceleração também foi sentida neste ano, quando modalidades de captação, como CRIs/CRAs, notas comerciais e debêntures, tiveram uma queda de mais de 20% em relação ao ano passado.
No entanto, modalidades de curto prazo mais rentáveis para os investidores, como as notas comerciais, têm registrado expansão contínua no ano, como mostra o gráfico abaixo:
O mesmo pode ser visto em outras modalidades mais tradicionais de emissão, como CRIs e CRAs, que também apresentam tendência de alta em 2023, como mostra o gráfico a seguir:
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