Mesmo com a taxa Selic estacionada em 13,75% ao ano, o retorno da renda fixa vem caindo desde agosto de 2022.
Até então, alguns títulos prefixados de qualidade chegaram a pagar mais 15% ao ano, mas, desde então, está ficando mais difícil ver papéis com um retorno tão alto nas plataformas de investimento.
Será que atingimos o topo da renda fixa?
Para complicar ainda mais o cenário, as ações e os fundos imobiliários entregaram uma rentabilidade abaixo da taxa básica de juros no último ano.
O retorno do Ibovespa e do Ifix com dividendos, por exemplo, ficou em 10,12% e 11,26%, respectivamente, em 12 meses.
Isso explica em parte por que os investidores sentem tanta dificuldade em diversificar melhor seus portfólios para ter taxas de retorno crescentes ao longo dos anos.
A verdade, porém, é que se você sair um pouco do tradicional e buscar ativos alternativos de qualidade, verá que pode ter retornos bem acima do CDI em um prazo relativamente curto, como foi o caso de uma operação imobiliária recente da Bloxs, que entregou um retorno de 48% em apenas um ano e meio.
Ficou interessado?
Então fique com a gente e saiba como impulsionar seus investimentos com ativos alternativos de alta qualidade, sem os riscos do mercado financeiro.
Os tópicos que vamos abordar são os seguintes:
Retorno da renda fixa cai, mesmo com Selic a 13,75%
Desde que o Comitê de Política Monetária (Copom) fixou a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, em agosto de 2022, os principais ativos de renda fixa já não apresentam a mesma rentabilidade vista até então.
Uma reportagem do Estadão explica que isso acontece porque a rentabilidade dos títulos, como CDBs e Tesouro Direto, é calculada com base no mercado de juros futuros, que precifica a taxa dos empréstimos interbancários nos próximos anos.
Como explica Liao Yu Chieh, educador financeiro do C6 Bank, em entrevista ao jornal, os investimentos pós-fixados têm seu retorno definido pela expectativa de CDI médio no período da aplicação.
Em dezembro de 2022, o contrato futuro do CDI de 1 ano projetava 13,90% e agora a estimativa está em 12,58%, segundo uma matéria do Valor Econômico.
Felipe Souto, CEO do Grupo Bloxs, ecossistema de investimentos alternativos e soluções de acesso ao mercado de capitais para pequenas e médias empresas:
Estamos vendo o mesmo movimento de queda de rentabilidade nos títulos pós-fixados, especialmente com o recuo da inflação e a expectativa de início precoce do ciclo de flexibilização. É preciso ressaltar ainda que o projeto de lei do novo arcabouço fiscal está tramitando na Câmara e pode sofrer alterações importantes, mexendo com as expectativas de inflação, juros e crescimento para os próximos anos.
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Queda da inflação gera expectativa de redução de juros
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumulou uma alta de 5,60% (dados até fevereiro de 2023), resultado que ficou abaixo dos 12 meses anteriores, quando o índice avançou 7,17%.
O mercado reduziu suas expectativas para o IPCA nos últimos 12 meses, de acordo com uma pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, refletindo o que os agentes econômicos esperam para o cenário futuro da economia e dos preços.
Com base nesse boletim, é possível ver que as expectativas do mercado financeiro para o IPCA em 2023 variaram bastante no último ano, mas sempre acima da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,75%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Exemplo foi que, há um ano, as expectativas do mercado para o IPCA em 2023 eram de 4,65%, o que representava uma convergência para a meta definida pelo BC. No entanto, nos meses seguintes, as expectativas foram se deteriorando e chegaram a 6% em setembro de 2022.
Essa elevação das expectativas do mercado foi motivada por fatores como:
- alta dos preços internacionais das commodities (produtos básicos com cotação internacional);
- desvalorização do real frente ao dólar;
- crise hídrica, que afetou a geração de energia elétrica; e
- a incerteza política e fiscal do país.
Diante desse cenário, o Banco Central adotou uma postura mais rigorosa na condução da política monetária, elevando a taxa básica de juros (Selic) de 2% ao ano em março de 2022 para 13,75% em agosto do ano passado, patamar que vigora até hoje.
De acordo com as autoridades monetárias, essa medida foi necessária para conter as pressões inflacionárias e ancorar as expectativas do mercado.
Contudo, no fim do ano passado, as expectativas do mercado para o IPCA em 2023 voltaram a recuar e fecharam o ano em 5,80%, diante dos efeitos defasados do aperto e da queda dos preços dos combustíveis.
No último mês de março, o IPCA acumulado ficou abaixo das previsões dos analistas, ao acumular uma alta de 4,65%, o que acabou suscitando especulações de que a taxa de juros poderia entrar em uma fase precoce de queda, e isso acabou mexendo com os mercados de juros futuros, que influenciam a rentabilidade dos títulos de renda fixa.
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Novo arcabouço fiscal pode mexer com expectativas
O projeto de lei 62/23, que estabelece o novo arcabouço fiscal, já tramita na Câmara dos Deputados e pode sofrer alterações importantes, influenciando as expectativas de juros, inflação e crescimento econômico.
A proposta foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao Congresso Nacional em abril de 2023, com o aval do presidente Lula e visa substituir o atual teto de gastos, que limita o aumento das despesas à inflação do ano anterior, mas que vem sendo descumprido desde 2021.
O objetivo do governo é tornar o ajuste fiscal mais flexível e gradual, permitindo um maior espaço para investimentos públicos e políticas sociais.
O projeto de lei prevê as seguintes regras para o regime fiscal sustentável:
- Limite para o crescimento das despesas primárias: as despesas primárias (que excluem os juros da dívida) não poderão crescer mais do que 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores. Ou seja, se a receita aumentar 10%, as despesas poderão aumentar até 7%. Se a receita cair 10%, as despesas terão que cair até 7%.
- Metas de superávit primário: o governo terá que economizar para pagar os juros da dívida pública. As metas são: zerar o déficit primário em 2024; alcançar um superávit de 0,5% do PIB em 2025; e um superávit de 1% do PIB em 2026.
- Estabilização da dívida pública: a dívida pública da União, que atualmente está em cerca de 73% do PIB, deverá ser estabilizada em 2026, último ano do mandato de Lula.
- Mecanismos de ajuste: caso as metas não sejam cumpridas, o governo terá que adotar medidas de contenção de gastos e aumento de receitas, como: redução de salários e jornada dos servidores públicos; suspensão de reajustes e contratações; corte de subsídios e benefícios fiscais; aumento de alíquotas de impostos; e venda de ativos.
O PL está tramitando na Câmara e ainda pode sofrer alterações importantes, capazes de mudar as expectativas do mercado em relação à taxa de juros, à inflação e ao crescimento econômico nos próximos anos.
Caso alguns “retrocessos” apontados por economistas sejam sanados, como o grande número de exceções à regra e a ausência de medidas impositivas, é possível que vejamos uma antecipação da queda de juros e um recuo ainda maior do retorno da renda fixa.
Como diversificar os investimentos diante da queda da renda fixa?
Diante da queda da inflação, da expectativa de antecipação da queda de juros e da possibilidade de alterações no novo arcabouço fiscal para torná-lo mais impositivo, a tendência é que a renda fixa caia ainda mais.
Como diversificar a carteira para esse cenário, que deve gerar mais volatilidade no mercado financeiro?
Uma ótima alternativa é investir em ativos alternativos capazes de entregar retornos muito acima do CDI em um prazo relativamente curto, sem o sobe e desce constante da bolsa de valores.
O melhor de tudo é que você pode ter esses ativos geradores de renda em um mercado totalmente regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A Bloxs Crowdfunding, por exemplo, realizou uma operação imobiliária que gerou um retorno de quase 50% em apenas um ano e meio.
Estamos falando do projeto Setier BTS Supermercado, uma operação de crowdfunding cujos recursos foram investidos na construção de um imóvel feito sob medida para uma unidade da rede Supermercados BH, principal varejista do segmento em Minas Gerais.
Esse é mais um exemplo das vantagens de diversificar a carteira com ativos sólidos da economia real, em um período marcado pela forte volatilidade dos ativos financeiros e pela queda da renda fixa.
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