O aumento da urbanização, a ascensão da classe média, a redução do núcleo familiar e a mudança de mentalidade dos consumidores estão ditando novas tendências no mercado imobiliário brasileiro.
A demanda por propriedades nas regiões de melhor infraestrutura não para de crescer e pressionar o preço dos imóveis, especialmente diante das alterações demográficas pelas quais o país vem passando.
As preferências das novas gerações estão influenciando as decisões de compra e investimento, exigindo conectividade, flexibilidade e fácil mobilidade dos novos empreendimentos, com tipografias fluidas e sustentabilidade na construção.
Graças ao amadurecimento do mercado de capitais, os investidores agora podem fortalecer seu patrimônio com propriedades que seguem as últimas tendências do mercado imobiliário brasileiro de forma 100% digital e a conveniência de uma gestão profissional.
Desde fundos imobiliários até soluções de investimento direto em projetos especiais, não faltam opções para o investidor maximizar seu retorno e diversificar suas fontes de renda com inteligência tributária.
Neste artigo, vamos abordar como as mudanças na sociedade brasileira estão alterando as preferências dos consumidores e quais propriedades tendem a atrair maior demanda, gerando maior potencial de retorno no longo prazo.
Os tópicos que vamos abordar a partir de agora são os seguintes:
Imóveis = proteção + valorização de patrimônio + renda
É muito comum que se questione, nos debates sobre investimentos, por que os brasileiros gostam tanto de investir em imóveis, quando outros ativos financeiros supostamente seriam capazes de proporcionar os mesmos benefícios, com menos custos.
A verdade é que, em um país que ainda sofre com instabilidade econômica, inflação alta e taxas de juros restritivas, os investidores buscam formas de proteger seu patrimônio e, ao mesmo tempo, valorizar seu capital.
E, nas últimas décadas, nenhum outro ativo conseguiu aliar tão bem esses dois aspectos quanto o investimento imobiliário, em vista da forte valorização das propriedades nos principais centros urbanos do país e da sua capacidade de gerar renda com aluguel.
Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostram que, de 2012 a 2022, por exemplo, a valorização média dos imóveis e os ganhos com aluguel superaram o retorno dos principais ativos de renda fixa (CDI e poupança), além de oferecer proteção contra a inflação.
O grande sucesso dos fundos imobiliários é outra evidência da atratividade desse tipo de ativo real para os investidores, ao permitir obter uma carteira imobiliária diversificada, com propriedades de alto padrão e administração profissional, com o benefício da isenção do imposto de renda.
No entanto, para conseguir as melhores taxas de retorno, é importante que os investidores estejam atentos às tendências do mercado imobiliário, com base na mudança das preferências dos consumidores e na configuração demográfica do país, a fim de identificar os tipos de imóveis capazes de entregar os melhores retornos em menos tempo.
Para entender melhor quais são essas tendências e como os investidores podem se beneficiar delas, analisamos um estudo feito pela consultoria Deloitte, a fim de determinar quais aspectos terão mais impacto no valor das propriedades nos próximos.
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Novas tendências do mercado imobiliário brasileiro
Em seu panorama geral do mercado de real estate no Brasil, a Deloitte elenca diversos fatores que tendem a direcionar a preferência dos consumidores e investidores nos próximos anos, abrangendo desde questões demográficas até a influência de novas concepções de mundo, como a sustentabilidade e a conectividade.
Urbanização
Um dos aspectos mais importantes para a valorização dos imóveis nos próximos anos é o aumento da demanda decorrente da maior urbanização do país e da busca por moradia em regiões com escassez de terrenos, principalmente em grandes cidades e centros urbanos em expansão no interior.
E quando falamos em tendências do mercado imobiliário, a valorização do metro quadrado faz com que as incorporadoras busquem maximizar suas margens com tipografias mais compactas e flexíveis na habitação, a fim de aumentar sua acessibilidade e atender melhor o novo perfil da família brasileira, que vem reduzindo de tamanho nos últimos anos.
Estrutura familiar
Dados demográficos apontam que, nos últimos anos, houve uma redução no número médio de filhos por mulher em idade fértil, o que tem impacto nas estruturas familiares e na demanda por imóveis.
Com famílias menores, há uma tendência de procura por propriedades mais compactas e flexíveis, além de mais opções de serviço e lazer dentro do próprio condomínio, influenciando o desenvolvimento de empreendimentos voltados para núcleos familiares menores e também pessoas solteiras.
Conectividade
Após a pandemia, ganharam força novas modalidades de trabalho, principalmente o remoto e o híbrido, exigindo que os imóveis sejam dotados de boa infraestrutura de comunicação, como internet de alta velocidade e espaços de trabalho compartilhado.
O estudo da Deloitte aponta que os consumidores estão buscando ambientes flexíveis que possam ser adaptados às suas necessidades em constante mudança, como espaços modulares, com opções de personalização e adaptação, que estão se tornando mais desejáveis para atender às diferentes demandas dos compradores.
Mobilidade
A mobilidade continua sendo um aspecto importante para os moradores das grandes cidades, que não querem perder produtividade passando várias horas do dia no trânsito. Por isso, as propriedades mais bem localizadas, com boa infraestrutura de transportes, também continuarão atraindo maior demanda nos próximos anos.
O que reforça isso é a diminuição do número de emissões de CNHs, indicando uma possível mudança nos padrões de deslocamento pelas cidades. Isso reforça a tendência de busca de imóveis localizados em áreas bem conectadas por transporte público ou próximas a infraestrutura de mobilidade urbana, como estações de metrô e ciclovias.
Expectativa de vida
O estudo da Deloitte mostra que a expectativa de vida dos brasileiros aumentou significativamente ao longo do tempo, o que indica uma população que vive por mais tempo e tem diferentes necessidades habitacionais.
Por um lado, há uma procura cada vez maior por moradias adequadas para idosos, como residências adaptadas, comunidades de aposentados e serviços de cuidados de saúde. Por outro, também pode haver um aumento na demanda por imóveis de longo prazo, como casas de família, à medida que as pessoas vivem mais tempo e têm necessidades em diferentes estágios da vida.
Mudança de mentalidade
As novas gerações, como a Gen Z e os Millennials, têm preocupações e prioridades diferentes em relação ao trabalho, finanças e sustentabilidade, o que influencia o mercado imobiliário.
Essas gerações valorizam mais a flexibilidade no trabalho, buscam um equilíbrio entre vida pessoal e profissional e dão importância à realização pessoal. Isso pode afetar o mercado imobiliário, em vista da sua preferência por morar em áreas mais próximas ao trabalho, ainda que seja em unidades residenciais mais compactas.
A preocupação com questões ambientais e sustentabilidade também é mais forte nessas gerações, que buscam estilos de vida mais sustentáveis, com escolhas conscientes sobre o consumo de energia, materiais e recursos naturais.
No mercado imobiliário, essa tendência pode se refletir na demanda por edifícios ecológicos, projetos que incorporem energia renovável, certificações de eficiência energética e espaços verdes. Com isso, os jovens podem dar preferência a bairros e comunidades com infraestrutura de transporte sustentável e acesso a serviços e produtos locais.
Vale lembrar ainda que as novas gerações estão crescendo em um mundo digital, acostumadas com a tecnologia, por isso valorizam a conectividade, a automação e a facilidade de acesso a informações. No mercado imobiliário, isso pode aumentar a demanda por soluções tecnológicas inovadoras, como casas inteligentes, sistemas de segurança avançados, aplicativos e plataformas digitais para encontrar e alugar imóveis.
Mercado imobiliário precisa se adaptar e evoluir constantemente
Com isso, o mercado imobiliário brasileiro está passando por grandes mudanças, com destaque para tendências que devem mudar rapidamente a dinâmica do setor, como urbanização crescente, demandas das novas gerações, ênfase na sustentabilidade e avanços tecnológicos.
Os projetos imobiliários que compreenderem essas tendências e se adaptarem melhor têm mais chances de prosperar em um mercado em constante evolução, oferecendo soluções alinhadas às expectativas e necessidades dos consumidores modernos.
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