Neste ano, as emissões no mercado de capitais tiveram predominância das operações de renda fixa. No mês de setembro, as emissões das empresas brasileiras alcançaram R$ 46,6 bilhões, um volume acumulado de R$ 401,6 bilhões em 2022. A este total, podem ser acrescidos ainda as operações em análise e andamento, que chegam a R$ 11,8 bilhões e R$ 11,1 bilhões, sem levar em consideração as ações.
Somente as debêntures representam metade do valor total, 51% de R$ 444 bilhões, o que significa um valor de R$ 226,3 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima).
Quem também ganhou destaque foi a renda variável, que teve um saldo total de R$ 52,3 bilhões, sendo R$ 406 milhões em IPOs (ofertas iniciais) e R$ 51,9 bilhões em follow-ons.
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Um dos motivos para esse aumento significativo pode ter relação com a sequência de aumentos na taxa Selic iniciada em março de 2021, que passou de 2% para 13,25% ao ano, o que despertou o interesse dos investidores brasileiros pelos títulos de renda fixa.
Com a taxa de juros alta, os investidores têm reconhecido a oportunidade de obter títulos emitidos por grandes empresas sem a cobrança de impostos e com retorno acima da inflação, algo em torno de 6%.
Debêntures lideram emissões no mercado de capitais
Como já adiantado no início deste artigo, as debêntures, que são valores mobiliários emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais, alcançaram um volume de R$ 226,3 bilhões, o que representa 51% do total.
Quando analisadas as operações realizadas apenas no mês de outubro, as debêntures também tiveram uma participação significativa de 51% do total, o que representa R$ 21 bilhões.
Os principais compradores das debêntures colocadas em mercado foram os fundos de investimento, ficando com 45,1% do total das ofertas. Na sequência aparecem as instituições intermediárias e demais participantes ligados às ofertas, com 44,4%.
Pessoas físicas registram um aumento de 4% para 4,2% e, entre os demais subscritores desses títulos, os investidores institucionais representam 6,8% e os investidores estrangeiros 0,1%.
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CRI | CRA | DEBÊNTURE | NOTA COMERCIAL
Mas o que tem tornado as debêntures tão atrativas? A emissão do título de dívida por uma empresa de capital aberto ou fechado tem o propósito de financiar projetos ou reestruturar dívidas corporativas, o que permite às empresas fazer aquisições, aumentar sua capacidade produtiva, entre outros benefícios.
Além disso, o custo médio de geração de captação, em geral, é menor do que as fontes tradicionais de crédito disponíveis no mercado.
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Produtos estruturados alavancam renda fixa
Ainda segundo dados apresentados pela Anbima, de janeiro a setembro de 2022, foram registrados R$ 37,2 bilhões em emissões de CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e R$ 37 bilhões de CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliário); e os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) com R$ 34 bilhões.
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Vale destacar que o CRA é um investimento de renda fixa que tem por finalidade financiar o agronegócio, que é um dos setores mais importantes do país e o CRI destina-se à captação de recursos para o mercado imobiliário a partir da compra de títulos relacionados a imóveis. Já os FIDCs são um fundo de renda fixa que envolve o crédito privado, portanto, investe em títulos originados de empresas com o intuito de investir seus recursos em títulos de créditos derivados de direitos creditórios.
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Quais os benefícios dos fundos estruturados e debêntures?
No universo dos investimentos de renda fixa, o CRA, CRI e debêntures vem ganhando força por conta das vantagens oferecidas aos envolvidos. Os dois primeiros, por exemplo, são conhecidos por sua segurança e boa rentabilidade. Além disso, estão lastreados em recebíveis de empresas do setor imobiliário e do agronegócio, e oferecem previsibilidade no fluxo de pagamento aos investidores.
As debêntures, por sua vez, são uma das opções mais antigas e rentáveis do mercado, que visam financiar projetos ou reestruturar dívidas corporativas, apresentando uma série de vantagens para as empresas. A companhia emissora pode, por exemplo, incluir em sua debênture benefícios como conversibilidade em ações e participação nos lucros.
Ao contrário do que muitos podem pensar, estruturar operações como esses no mercado de capitais pode ser muito simples e fácil por meio de plataformas digitais, como a Bloxs, que é um hub de negócios que auxilia em todas as etapas de um projeto, seja na estruturação de operações de CRI, CRA, FII, CCB, IPO e outros, no valor de até R$ 100 milhões.
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