Barter é uma modalidade de custeio da produção, em que produtores adquirem insumos e máquinas para sua fazenda e realizam o pagamento com a entrega de grãos após a colheita, sem intermediação financeira.
Essa operação é bastante utilizada em diversas regiões do país onde há escassez de crédito rural para que os produtores consigam financiar sua produção com melhores custos e condições de pagamento.
Isso porque, devido aos riscos envolvidos, a operação de barter costuma ter custos finais maiores para os produtores do que as operações de crédito padrão ou o levantamento de recursos no mercado de capitais.
Se você deseja fazer a transição para outros instrumentos mais vantajosos de custeio da produção e comercialização dos produtos da sua fazenda, como a CPR (Cédula de Produto Rural), este artigo é tudo o que você precisa para alavancar seus negócios.
Por que ficar à mercê do Plano Safra se você pode captar para o agronegócio na Bloxs?
CPR | CRA | FIAGRO | CIC
Nele, você vai descobrir como levantar até R$ 100 milhões para financiar sua produção, sem depender de bancos ou do crédito subsidiado do governo, com a assessoria de uma equipe especializada na estruturação de captações para o agronegócio.
Os tópicos que vamos abordar são os seguintes:
O que é barter?
É uma operação de custeio da safra, em que um produtor pode obter insumos e máquinas agrícolas para sua fazenda, através de um acordo de entrega física de grãos após a colheita, como forma de pagar por esses produtos e equipamentos.
Trata-se, portanto, de uma modalidade de financiamento direto da produção, em que não há intermediação financeira, isto é, nenhum banco ou instituição de crédito participa da transação fornecendo recursos.
Mas o que significa barter exatamente?
O termo vem do inglês “barter trade” e significa transação por permuta ou troca de mercadorias. Esse tipo de operação é mais comum em regiões onde a oferta de crédito rural é escassa ou inexistente.
LEIA TAMBÉM: A verdade que ninguém te contou sobre a escassez de crédito rural
E o que é um contrato de barter?
É a formalização de uma operação de custeio, por meio da negociação direta entre produtores e empresas de insumos e equipamentos agrícolas, na qual o pagamento é feito com a entrega física de grãos após a colheita.
Apesar de o Brasil ser um grande produtor e exportador de commodities agrícolas, as instituições financeiras costumam privilegiar determinados tipos de produtos na hora de fazer as concessões, como soja, milho, trigo e café.
Além disso, os produtores que estão fora da região Centro-Sul geralmente têm menos acesso a instituições financeiras e assessoria para obtenção de financiamento rural, o que os obriga a buscar formas alternativas de custeio.
LEIA MAIS: Precisa de financiamento rural para aquisição de terras? A Bloxs pode te ajudar; saiba como
Por isso, é muito comum que surjam dúvidas do tipo: o que faz um barter? Essa operação de financiamento e custeio de produção, na verdade, não envolve instituições financeiras, já que a negociação de fornecimento e pagamento é feita por meio da permuta de mercadorias.
Assim, para os produtores que desejam saber: o que é barter de soja? É a entrega física do grão na pós-colheita como forma de pagamento de insumos e máquinas agrícolas a serem utilizadas na fazenda, ou seja, é uma espécie de financiamento alternativo da safra de soja.
Vantagens e desvantagens
A grande vantagem desse tipo de negociação para o produtor está na redução do risco de mercado, já que ele consegue ter mais previsibilidade durante o ciclo de cultivo, ao “travar” seus custos e evitar as naturais flutuações do mercado físico.
Mas o lado negativo da transação está nos custos finais, que costumam ser muito maiores do que as linhas tradicionais de financiamento, já que os fornecedores tendem a exigir grandes deságios (descontos) sobre o valor do produto a ser entregue.
Se, de um lado, o produtor consegue fixar determinado valor a ser pago com sua produção, de outro, o risco de mercado é transferido para o fornecedor, que pode ter uma perda financeira, caso a mercadoria sofra uma desvalorização até a sua entrega final.
Esse é o chamado “risco de paridade”, que costuma ser repassado na forma de deságio dos preços do grão ou da elevação dos valores dos insumos e máquinas para os produtores, em relação aos preços de mercado.
Ao final, o produtor acaba pagando mais caro.
Como ressalta um artigo de Robson Mafioletti, engenheiro agrônomo, e Gilson Martins, engenheiro florestal, publicado pelo portal da Esalq:
No Brasil, registraram-se casos em que os contratos não foram cumpridos, devido ao descolamento do preço de mercado em relação ao estabelecido na paridade ou em momentos de frustração de safra. A confiança entre os produtores e distribuidores de insumos é fundamental para o sucesso da operação. Assim, as tradings evitam, atualmente, atuar diretamente neste sistema, deixando-os ao encargo das revendas e dos distribuidores regionais, que melhor conhecem os produtores rurais e realizam operações de médio e longo prazo, o que é característico do setor do agronegócio.
Os autores destacam ainda que, para que ocorra a sustentabilidade nos contratos, é fundamental que se conheça profundamente a realidade e os produtores de cada região, principalmente em termos de garantias e histórico de cumprimento dos acordos.
LEIA MAIS: Crédito rural para produtores do campo: saiba como conseguir o seu
Qual é a diferença entre barter e CPR?
Em razão da importância das operações de permuta de mercadorias para o agronegócio brasileiro e do cenário de escassez de crédito, o governo resolveu regulamentar essas transações por meio da lei no 8.929/1994.
Assim, criou-se a Cédula de Produto Rural (CPR), que logo se tornou a principal forma de financiamento do agronegócio nacional, ao permitir que o produtor obtenha recursos para alavancar seus negócios.
A diferença entre a operação de barter e a emissão de uma CPR é que o produtor pode antecipar os recursos de uma safra e realizar o pagamento em uma data futura com a entrega física da mercadoria ou com a liquidação financeira do contrato.
VAI INVESTIR OU EMITIR UM TÍTULO?
Cadastre-se na Bloxs: seu ecossistema completo end-to-end!
CRI | CRA | DEBÊNTURE | NOTA COMERCIAL
Atualmente, a maioria das instituições financeiras trabalha apenas com a liquidação financeira da CPR, ou seja, com o pagamento à vista, em dinheiro, do contrato de financiamento na data de vencimento da operação.
Além disso, a CPR pode ser usada em todas as cadeias produtivas do agronegócio, como:
- agricultura,
- pecuária,
- pesca,
- aquicultura
- e ativos florestais.
Como explica José Bassani, Business Developer de Agronegócio da Bloxs, plataforma de captação de recursos para projetos do agronegócio e outros setores da economia:
Na operação de barter, o produtor perde a liberdade de negociar a mercado, pois o preço negociado fica travado até a colheita, podendo chegar na entrega do produto abaixo ou acima do valor do mercado spot. No caso da CPR, o produtor tem mais flexibilidade para comercializar os grãos na melhor oportunidade do mercado, maximizando, assim, sua margem de lucro. Não se devem negligenciar os cálculos que definem o custo efetivo total da sua lavoura, que será crucial para a maximização do seu retorno financeiro.
LEIA MAIS: Xô, bancões: 5 formas de captar recursos para o agronegócio; escolha a sua!
Como emitir uma CPR?
Se você deseja fazer a transição para a CPR, a Bloxs é o lugar certo para você iniciar sua jornada.
Com uma equipe especializada na estruturação de operações de crédito e equity no mercado de capitais, a Bloxs é uma plataforma completa para os empreendedores que querem levantar recursos para sua fazenda, através de uma variedade de opções de financiamento, desde debêntures e fundos de investimento (Fiagros) até captações de crowdfunding.
Faça agora mesmo o seu cadastro e submeta seu projeto para análise na Bloxs.