Quais os desafios e inovação no crédito para o agronegócio em 2023? As taxas de juros e os preços dos insumos ainda elevados ainda são os grandes desafios que os produtores terão que enfrentar neste ano.
O agronegócio aumentou sua participação no PIB nacional e atingiu níveis recordes de faturamento nos últimos anos, mas a oferta de crédito para o setor não tem conseguido acompanhar esse crescimento.
A escassez das linhas subsidiadas e o alto custo das taxas de mercado tornaram o mix de crédito do produtor mais desfavorável, incentivando-o a buscar novas fontes de recursos para investir em ganhos de produtividade e escala.
E as novas soluções de captação para o agronegócio no mercado financeiro, como o Fiagro e CRA, oferecem mais oportunidades para os produtores levantarem recursos junto a investidores e alavancarem seus negócios.
Hoje, já existem plataformas tecnológicas que facilitam o acesso dos empresários do campo ao mercado de capitais, com o auxílio de uma equipe especializada, que entende as necessidades que as fazendas apresentam “da porteira para dentro”.
Neste artigo, vamos abordar os desafios dos produtos no setor de crédito e como eles podem superar esses obstáculos, buscando recursos no mercado financeiro de forma rápida, segura e relativamente mais barata.
Os tópicos que vamos abordar a partir de agora são os seguintes:
- Desafios e inovação no crédito para o agronegócio: setor aumenta participação no PIB nacional
- Desafios e inovação no crédito para o agronegócio: inflação eleva custos dos produtores
- Juros pressiona margem de lucro dos produtores
- Emissão de títulos de dívida faz agronegócio ganhar peso no mercado financeiro
Desafios e inovação no crédito para o agronegócio: setor aumenta participação no PIB nacional
O agronegócio teve forte impulso durante a pandemia, quando as cadeias globais foram abaladas e diversos países impediram a exportação de determinados produtos essenciais, como foi o caso da carne bovina na Argentina.
Esses obstáculos à oferta e o aumento da demanda por conta dos intensos estímulos econômicos acabaram aumentando o consumo mundial dos principais produtos da nossa pauta de exportações.
Isso porque as restrições ao deslocamento e a maior poupança disponível fizeram com que as pessoas aumentassem o consumo de produtos básicos, e a falta de oferta local acabou abrindo novos mercados para os produtos brasileiros.
Dessa forma, diversos frigoríficos nacionais que haviam proibidos de exportar para determinados países voltaram a receber autorização para atender mercados desabastecidos, sobretudo com carne suína, bovina e de frango.
O mesmo movimento foi visto nas exportações de soja e frutas ricas em vitamina C, como tangerina, limão, laranja e banana, que tiveram um enorme impulso nos momentos mais críticos da crise sanitária e ajudaram a melhorar nossa balança comercial.
À medida que o cenário começava a se normalizar, graças ao avanço da vacinação, não se viu uma queda substancial da demanda, que também passou a ser direcionada para o setor de serviços.
Esse excelente desempenho das nossas fazendas fez com que o agronegócio tivesse um salto em sua participação no PIB brasileiro, representando mais de um quarto de todas as riquezas produzidas no país.
Desafios e inovação no crédito para o agronegócio: inflação eleva custos dos produtores
Como não poderia ser diferente, os ganhos de mercado e o aumento do faturamento dos produtores estimulou a demanda por crédito rural que, infelizmente, não acompanhou esse ritmo de avanço.
Como bem explica uma matéria do portal O Presente Rural:
Os limites de crédito atuais oriundos do sistema financeiro ou do crédito mercantil não crescem no mesmo ritmo do aumento dos custos, principalmente por questões técnicas relacionadas à metodologia de análise de crédito e pelo apetite de risco dos emprestadores.
O fato é que a pandemia teve um forte impacto nas contas públicas, seja pela queda inicial da arrecadação, seja pelas necessárias medidas assistenciais às famílias mais impactadas pela crise, o que acabou reduzindo a disponibilidade de recursos para programas como o Plano Safra.
Além disso, a forte retomada econômica, impulsionada principalmente pelo consumo das famílias, não foi acompanhada de um aumento proporcional da oferta, o que acabou trazendo de volta um problema bastante conhecido para os brasileiros: a inflação.
Ocorre que o fenômeno inflacionário não se restringiu ao Brasil e afetou praticamente todas as grandes economias, onde os níveis de preços atingiram seus patamares mais altos em décadas.
Nos EUA, os preços aos consumidores chegaram a subir 9% ao ano em junho de 2022, ao passo que, na Europa, as pressões inflacionárias atingiram dois dígitos, alcançando 10,7% no pico do ano passado.
Por aqui, a ascensão do custo de vida ocorreu antes, em 2021, quando a inflação alcançou mais de 10%, principalmente por conta do encarecimento da energia.
O efeito colateral foi sentido nos insumos para o agronegócio, que também tiveram uma alta vertiginosa, elevando os custos para os produtores.
Juros pressiona margem de lucro dos produtores
Isso acabou forçando os bancos centrais a normalizarem suas taxas de juros que se encontravam em patamares altamente estimulativos, como na Europa, onde a taxa básica estava negativa.
O aumento agressivo dos juros no Brasil e no mundo teve como consequência imediata o encarecimento do crédito para o setor produtivo, e o agronegócio não escapou dessa lógica.
O custo maior dos insumos e do crédito acabou pressionando as margens já apertadas dos produtores, levando-os a buscar alternativas às taxas livres de mercado fornecidas por bancos, cooperativas e outras instituições financeiras.

Emissão de títulos de dívida faz agronegócio ganhar peso no mercado financeiro
E a alternativa natural ao mercado de crédito tradicional foi o mercado de capitais, que teve um aumento expressivo de captações para o agronegócio nos últimos anos, através de títulos como debêntures, LCAs, CRAs e também Fiagro, um tipo de fundo de investimento inspirado no sucesso dos fundos imobiliários.
O resultado foi a melhora da liquidez disponível para os produtores, especialmente em produtos de crédito, que passaram a apresentar taxas mais atraentes para os investidores, ávidos por ter participação em um dos setores mais sólidos e resistentes a crises da nossa economia.
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